domingo, 12 de setembro de 2010







A simplicidade do culto a Deus


Hoje quero falar sobre a simplicidade no culto a Deus. Se olharmos a vida de Jesus e dos discípulos, vamos descobrir o princípio da simplicidade na vida da igreja primitiva.

Da mesma maneira que a sociedade moderna tem instalado a ansiedade na vida da igreja, também tem tirado a simplicidade do culto a Deus. Onde quer que um vá sente a sensação de que precisa uma estrutura para dar culto a Deus. Certa vez um irmão veio e me disse: "Asaph, a adoração em nossa igreja não é boa porque não temos um piano, nem pianista, de modo que a adoração não é adequada". Este foi o termo que ele utilizou. Outros dizem: "não flui porque não temos equipamento de som", ou "precisamos este ou aquele aparelho para que a adoração flua".

Eu vejo que isto acontece porque a igreja não conhece o que é o verdadeiro culto a Deus. Neste século temos perdido como igreja a capacidade de compreender que o culto a Deus é simples. Que foi exercido por Jesus e os apóstolos de uma forma profunda e simples, sem piano, sem violão, sem microfone.

Na história da igreja vamos encontrar este princípio como base de benção, e do fluir do Espírito no culto a Deus. Eu fui um dos que, no princípio do ministério, não podia entender o fluir no Espírito sem música, sem violão, sem estruturas; mas o Senhor tem me ensinado que o lugar da habitação de Deus e o verdadeiro culto a Deus é nosso coração, e que tudo o que fazemos na igreja e no culto a Deus tem que ter base em nossa vida.

Se estivermos esperando o fluir do Espírito por coisas externas nunca vamos chegar ao que quer o Senhor. Nunca vamos chegar as profundezas do conhecimento de Deus, a profundidade da presença verdadeira, genuína de Deus na vida da igreja, porque sempre estaremos dependendo de algo externo.

Eu me lembro de uma vez que estava em Brasília, pois me haviam convidado para dirigir o louvor em um grande estádio. Haviam usado muito dinheiro na estrutura do encontro, com som de primeira, palestrante de primeira, etc. Havia vindo ônibus de todas as partes e o prédio estava repleto. Tudo estava pronto para começar, e às 6 da tarde o céu se fechou. Brasília é um lugar seco, mas a gente não sabe que ali acontecem os maiores temporais do Brasil. E começo ali mesmo um destes temporais. Às 7h não havia gente, às 7h30min chovia e a água entrava por todos os lados do estádio, porque não havia lugar onde refugiar-se.

Minha filha Aurora era pequena e eu tive que tirar um plástico do piano para colocar sobre o seu corpo. Chovia, a luz acabou, o palestrante chegou, estava tudo pronto, mas os instrumentos estavam todos molhados, e não havia nada que se pudesse fazer.

Às 8h30min me pus em frente do povo em total escuridão, pedi silêncio e lhes disse: "irmãos Deus quer ensinar-nos algo hoje", e começamos a louvar ao Senhor somente com as vozes. O tempo foi passando e passando, não havia líder de louvor, não havia nenhum tipo de direção, mas a presença do Espírito Santo foi tão forte, que eu registrei na minha vida aquela reunião como uma das referências da presença de Deus no meio da igreja.

Meu violão estava quieto e molhado, os pianos em silêncio e molhados, tudo parado, sem luz, sem nada, o Senhor me disse: "Asaph, assim quero este meu culto, algo genuíno, verdadeiro, brotando e fluindo da vida de cada irmão, com toda força de seu coração, não motivado por coisas externas, sim fluindo do interior.”

Quando a igreja do Senhor se reúne temos que ter o foco correto do culto a Deus. Primeiramente temos que levar em conta que o culto a Deus é individual, e logo se transforma em algo corporativo, mas primeiramente é individual. Não gosto da expressão "este culto não foi bom", ou "este culto não fluiu", ou "que culto mal", não gosto disso porque demonstra que meu culto a Deus é assim.

Aos que fazem este tipo de comentário tenho ensinado que o culto a Deus é algo que brota do seu coração, e que o fato de que o culto dele tenha sido ruim, porque seu coração deu um culto ruim. Quando estas coisas acontecem é muito fácil para nós, adotar uma postura tradicional e depender da maneira em que sempre se fizeram as coisas para faze-Ias hoje.

Mesmo na renovação precisamos constantemente renovação na expressão do culto a Deus. Quando nos reunimos, que fazemos para dar culto a Deus? É fácil nos acostumarmos as tradições do culto.

Por exemplo: sempre se começa o culto cantando, é assim, porque na última reunião foi assim, e um mês atrás também foi assim, e há dois anos atrás também. Quem é responsável? Asaph, Hugo Baravalle. Sempre os primeiros quarenta e cinco minutos da reunião são de nossa total responsabilidade, por que? Porque fazemos isto há mais de vinte anos, mas o culto a Deus tem que ser mais que isto.

Creio irmãos, que a grande revolução da igreja hoje tem a ver com o culto a Deus. Deus quer restaurar o culto da igreja com um entendimento claro de que o culto a Deus é responsabilidade de cada um de nós. Por isso não há nenhuma fórmula apostólica de como deve ser a reunião da igreja. Graças a Deus! Imaginem se houvesse uma ordem de culto na Bíblia, mas pela graça de Deus não foi deixado uma ordem de culto por escrito. Os católicos fizeram, 1.400 anos atrás, o cânone que foi trocado um pouquinho, mas basicamente é o mesmo. Mas Deus quer que nós, a igreja em restauração, não cometamos o mesmo erro de nos determos em uma ordem rígida de culto. Deus quer trocar nosso culto, nossas reuniões, começando pelo culto individual da cada um de nós.

Porque quando a igreja está cheia não há nenhuma dificuldade, não necessitamos ter temor de que algo não funcione, porque cada um tem salmos, hinos e cânticos espirituais. Isto mostra uma dinâmica simplicidade na vida da igreja que nós temos que aprender. É uma dinâmica que não depende de uma pessoa que tem a carga ou a responsabilidade, senão que está em total dependência do Espírito Santo.

Quando nos reunimos, cada um de nós tem a responsabilidade do culto a Deus, não pensemos "fulano vai presidir e não tenho nada para dar, eu vou receber". Muita gente está acostumada a

vir à reunião por anos, por décadas, sentar-se em uma cadeira sem compartilhar nunca nada com ninguém, sem abençoar ninguém, sem trazer uma palavra do Senhor para alguém, sem cantar jamais um cântico espiritual, sem dar uma palavra profética. A maioria das pessoas na igreja esta nestas condições, e estamos promovendo uma nova casta de ministros. Na restauração da igreja existem novos títulos, como "diretor de louvor".

Eu não sou um diretor de louvor porque o ministério de louvor é de todo o corpo do Senhor. Existe gente que Deus chama para esta tarefa, não vamos tirar os irmãos que estão fazendo este serviço, mas não é um título, é uma função no corpo, o que Deus quer ensinar-nos é que toda a igreja participe do culto a Deus. Primeiramente temos que entender quem se reúne quando nos reunimos.

O Senhor Jesus disse em Mateus 18: 20 "Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles" Quando o corpo de Deus está reunido, ali está o Senhor”.

Os que ministram tem que ter este entendimento, não necessitamos de grandes multidões para aprender a valorizar uma reunião. Temos que aprender que o valor da igreja do Senhor é o mesmo independente do número de pessoas que estão reunidas. Soube de alguns que somente vão ministrar quando existe um número de pessoas superior à 200/300. Temos que tirar isto do meio da igreja e aprender a valorizar.

Se você tem em sua congregação vinte pessoas, saiba que esta é a igreja do Senhor. Se você foi chamado pelo Senhor para ministrar em seu grupo caseiro, seja você mesmo, não importa se tem outra responsabilidade com toda a igreja, mas aprenda a valorizar o corpo de Cristo.

Para que se reúne a igreja?

Primeiramente para adorar ao Senhor, sempre temos que ter em nossa mente que uma das principais diretrizes para estarmos reunidos, é a adoração. E há muitas formas de adoração. Temos que desenvolvermos como igreja na adoração, em cânticos, palavras, salmos e hinos espirituais. Estas são as bases da vida de adoração da igreja às que sempre temos que voltar, porque a sofisticação nos afasta da simplicidade da vida de adoração.

Para que nos reunimos? Para adorar ao Senhor. Adorar significa prostrar-se na presença do Senhor, estar diante dEle com nossas vidas rendidas, entregues completamente. Reunimo-nos para adorar, nos reunimos para expressar a múltipla sabedoria de Deus através do corpo, para fluir nos dons do Espírito.

Eu creio que a igreja do Senhor tem que ser rica nos dons, na música, na profecia, no cantar ao Senhor, bendizer seu nome, estar sempre prontos para abrir nossas vozes na presença do Senhor para manifestar sua glória, seu poder.

Devemos tirar de nossas vidas toda comodidade e dizer ao Senhor: "Eis-me aqui, estou disponível para ser usado por ti, em toda plenitude de teu Espírito”. Cada um compartilhando o que tem. É muito fácil vir a dar culto ao Senhor para ouvir a alguém, mas é mais difícil ouvir nós mesmos a Deus. Por isso na reunião há muita gente sentada, parada, que não participa de nada, não fala, não canta, não compartilha: porque não ouve a Deus. Muitas vezes a culpa é nossa, dos pastores, da liderança, porque não damos oportunidade nem tão pouco uma direção ensinando a igreja a ouvir a Deus.

Para compartilhar temos que ouvir ao Senhor, Se você quer ter uma benção para o Senhor em suas mãos, tem que aprender a ouvir o Senhor, para isto tem que ter tempo na presença de Deus. Tens que ficar sozinho com o Senhor, tens que valorizar teus momentos de comunhão para que

Ele possa falar ao teu coração, a teus ouvidos, a teu espírito. Ouve a voz de Deus em teu coração, não somente o que os outros tem a dizer, e sim o que o Senhor quer comunicar ao teu coração, assim poderás compartilhar.

Nos reunimos para proclamar a palavra de Deus, e nos reunimos para ter comunhão uns com os outros, mas sempre como corpo de Cristo

Como deve reunir-se a igreja?

Primeiramente com reverencia ao Senhor, eu não quero dizer que seja um desses lugares em que está escrito: "silêncio, esta é a casa de Deus", mas o culto a Deus tem que ser reverente. Reverencia não é medo, não é silêncio, reverencia é uma atitude de temor com base no amor ao Senhor. Reverencia ao Senhor é saber que Ele é Deus e está em nossos corações, pelo que nosso culto não deve parar nunca.

De modo que quando nos reunimos deve haver reverencia, mas como é uma reunião do corpo de Cristo também deve haver alegria, como fruto da gratidão em nosso coração. É o único lugar neste mundo onde esta a verdadeira alegria.

Eu me lembro quando o Senhor me chamou para ministrar em tempo integral, eu era engenheiro de som em uma grande companhia de televisão em Porto Alegre. Era o supervisor geral do som, técnico de sistemas e fazia som para o show da Xuxa, que vinha à Porto Alegre. Neste encontro havia mais de 100.000 crianças, eu estava no centro do estádio, escutando todos aqueles gritos histéricos em torno da Xuxa, eu estava bem perto dela, com o controle remoto de todo o som. Então escutei como se todo o som tivesse parado, que o Espírito me dizia: "Asaph, escuta esta alegria, é toda falsa. Escuta a alegria que esta moça transmite, é falsa, eu quero que tu leves a verdadeira alegria".

Em dois dias eu havia apresentado minha carta de demissão na emissora de televisão, porque eu tinha que levar a verdadeira alegria. E, irmãos, quando a igreja se reúne, têm que ser forte na alegria. A reunião do grupo caseiro tem que ser forte de alegria, todos os eventos da igreja têm que estar plenos de alegria.

Quando nos reunimos com um coração cheio de cânticos, de alegria, de exaltação, de ação de graças, o culto a Deus sai da monotonia, sai totalmente do tradicionalismo, porque quando nos reunimos esta na expressão da gente que ama e agrada a Deus.

Efésios 5: 19 "falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais" Quando estamos juntos, há salmos? há cânticos? ou somente música. Temos que aprender a valorizar aos que não são músicos, aos que cantam com gemidos indecifráveis.

Certa vez em Porto Alegre, gravamos um disco. E o desafio do Senhor em meu coração foi o de gravar um disco ao vivo com tudo o que acontece na reunião. Ensaiamos e ensaiamos.

Eu planejei muitas coisas, mas o Espírito trocou tudo. Começou mudando a data, depois no meio alguns irmãos começaram a entoar cânticos espirituais. Geralmente os cânticos espirituais não são cantados pelos mais afinados, o Senhor me disse para deixar assim em meu disco, e eu tive fé para deixar. Espero que você ouvindo o disco seja abençoado, porque eu fui profundamente edificado, ouvindo o que o Espírito gerou. Foi a primeira vez que fizemos algo ao vivo, se chama "igreja viva".

Deus não escuta como nós ouvimos a voz de alguém afinado ou desafinado, Deus ouve o coração. Deus escuta teu coração, não tenhas nenhum medo de compartilhar o que o Senhor há posto, porque Ele já ouviu. Eu tenho certeza de que quando você liberar o que Deus já está escutando dentro de ti é uma benção para alguém. Aprende a levantar tua voz em adoração ao Senhor, deixa o Espírito Santo tirar as amarras do coração, e da tua boca para aprenderes a cantar.

Certa vez eu fui a uma igreja (nunca vi algo igual) quando começaram os cânticos espirituais, se formou uma fila de gente para cantar em frente ao microfone e o pastor teve que encerrar porque havia muita gente com cântico para entoar.

Às vezes e em Porto Alegre acontece, temos que empurrar alguns para que cantem, temos que chamá-los, discipliná-los para que aprendam a fluir.

Ministra ao Senhor. Abre tua boca e que saia toda a timidez. Há gente que sempre esta pronta para bendizer ao Senhor, para cantar, para engrandecer seu nome com toda liberdade. Na reunião da igreja tem que haver liberdade, que nos foi dada pelo Espírito, liberdade não quer dizer desordem, liberdade balanceada pela ordem, pela submissão, pelo amor, pela honra uns aos outros. Sempre a liberdade é limitada pelo amor, e principalmente no culto a Deus quando estamos juntos, nunca a liberdade vai ser exagerada porque vai estar limitada pelo amor.

Temos que ter liberdade para ministrar, para sair, ir, compartilhar, abençoar, abraçar, beijar no nome do Senhor aos irmãos, para que o culto a Deus esteja cheio da simplicidade do Espírito em nossas vidas.

Deus abençoe


sexta-feira, 10 de setembro de 2010


PRINCÍPIO BÍBLICO PARA O DINHEIRO!


Os israelitas começaram a usar dinheiro, no século a.C.
Pesava-se prata ou ouro para pagamentos (Gn. 23:16); as moedas na Bíblia são:
ceitil (ou asse), darico, denário ou dinheiro, didracma, dracma, estater, lepto, mina,
moeda de prata, peça de dinheiro ou quesita, pim, quadrante, siclo e talento.
A usura e a especulação eram condenados; o dinheiro era usado para satisfazer
os desejos da alma,usado perante Deus e para compensar prejuízos e conflitos.
O dinheiro foi usado para Dalila trair a Sansão, usado por Mica para fazer
escultura, motivo de Acabe ter matado Nabote, usado por Hamã para matar os judeus
e para trair e vender a Jesus.
Também foi usado por Joás para reparar as fendas da casa de Deus, mas os
sacerdotes não receberam mais do que o necessário do povo.
Dinheiro sem frutos, sufoca a alma dos donos (Jó.31:39) e quem amar ao
dinheiro, jamais se fartará dele (Ec.5:10); a sabedoria e o conhecimento é melhor que
a defesa do dinheiro, que apesar de responder a tudo, desagrada a Deus pelos
sacrifícios de iniquidades de filhos avarentos e ingratos.
Somos salvos sem dinheiro, mas Deus nos exorta a gastarmos sabiamente
(Is.55:2); quem suborna e profere falsidade para recebê-lo será condenado (Mq.3:11).
Trabalhamos na Seara de Deus e seremos pagos por Ele, quando vier;não
sejamos avarentos como Judas,nem calemos a verdade da Ressurreição de Deus
como os soldados romanos fizeram.
Jesus ainda observa como você contribui na igreja (Mc.12:41); tenha cuidado
(Jo.2:15) para não ser censurado como Simão (At.8:18).
Somos filhos de Deus não pelo dinheiro, mas pelo novo nascimento e Deus tem
visto muitos que estão na igreja apenas para prosperar. (1Tm.6:1-12;Lc.12:20).
Dinheiro para o cristão, deve ser o ornamento na idéia de revestir e tranquilizar a
sua igreja para que possa tratar na terra dos negócios de Jesus e do seu Reino
VIndouro (Sl.103:1).
Aonde você investe mais?
No mundo ou em Cristo?
Não podemos servir 02 senhores.
Você tem obras cristãs que provem seu amor e fé?(Ec.3:17).

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A marginalização de missões na teologia




Por Jamierson Oliveira

E m seu livro, A igreja é maior do que você pensa1, publicado pela Missão Horizontes2, o missiólogo Patrick Johnstone3, buscou descobrir as principais razões pelas quais o interesse por missões é tão pequeno na igreja cristã atual.

Ele identificou quatro razões que explicam as causas desse problema: (a) a lentidão dos primeiros discípulos em compreender o ministério transcultural de Jesus; (b) a falha terminologia bíblica que gera um vazio na própria teologia; (c) a ausência de registros históricos de todas as atividades missionárias, atenuando a importância dos avanços missionários; e (d) a falta da sistematização da teologia bíblica de missão nos credos teológicos. Nas palavras dele,

...pressionar congregações com desafios ou alfinetar a consciência em congressos produz pouco fruto. Até mesmo os livros especializados não resolvem o problema. Minha oração é que, em muitas congregações e escolas teológicas, tanto a teoria quanto a prática de missão possam ser mudadas significativamente.4

As quatro razões levantadas pelo autor:

1 – Missão5 menosprezada na igreja – Na igreja atual a mentalidade ou visão de mundo herdada excluiu missão por completo. Para muitos, hoje, missão significa um pouco mais que o evangelismo local e trabalho geral da igreja no mundo, para aliviar os males sociais. Mas o componente de evangelização mundial e envio de missionários são quase que ignorados.6

2 – Missão despercebida na interpretação das Escrituras – Essas três passagens bíblicas: Gênesis 12.3, Salmo 22 e Lucas 4.20-22 demonstram bem como ainda temos dificuldade para perceber missão nas Escrituras. Na primeira passagem, Gênesis 12.3, a última parte do versículo é uma poderosa expressão da missão de Deus ‘... em ti serão benditas todas as famílias da terra’, mas muitos nunca atentaram para isso. Já em Salmo 22, vê-se uma monumental poesia sobre a hora da crucificação e ressurreição de Jesus com detalhes impressionantes do fato. E mais, o versículo 27 é outro texto áureo de missões muito pouco notado e pregado quando se utiliza esse salmo em nossas igrejas. ‘Todos os limites da terra se lembrarão, e se converterão ao SENHOR; e todas as famílias das nações adorarão perante a tua face’. Aqui se vê que a cruz e a evangelização mundial se mesclam. Salvação e missão não podem ser divorciadas. E, finalmente, em Lucas 4 fica provado que sempre existiu certa dificuldade de compreensão das Escrituras. Nela, o evangelista narra o momento quando Jesus, tomando o livro de Isaías (cap. 61), leu o texto referindo-se a ele mesmo. Num primeiro momento, os ouvintes se maravilharam (v. 22), mas logo se encheram de ira e quiseram matá-lo (v. 28). O que motivou tamanha mudança de humor nos presentes? Porque a natureza missiológica de Jesus não foi compreendida por eles! Os judeus conheciam bem a passagem de Isaías 61, e esperavam que Jesus lesse a frase do verso 2: “... e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes...”, mas Ele omitiu essas palavras encerrando a leitura. Eles esperavam que Jesus fosse vingá-los da ocupação gentia (romana), mas Jesus quis demonstrar que seu ministério não era de vingança contra os gentios, mas de salvação, por isso ficaram irados com Ele. E isso também pode ser verificado na resposta dos dois discípulos no caminho de Emaús: ‘E nós esperávamos que fosse Ele o que remisse Israel...’ (Lc 24.21).7

3 – Missão despercebida na história da igreja – Por-que para muitas igrejas, as últimas palavras de Jesus referente à Grande Comissão (Mt 28.19), parecem não ter sido pronunciadas? A Grande Comissão tornou-se a Grande Omissão, e além das razões anteriormente citadas, uma terceira falha que afetou a compreensão dos cristãos atuais sobre a missão e missões é a negligência dos historiadores da igreja em não dar relevância aos, embora poucos, mas importantes eventos missionários. Alguns dos maiores movimentos missionários da história foram pouco publicados nos livros de História da Igreja, que se detém mais em falar sobre discussões teológicas estruturas eclesiais.8

Sobre esta terceira razão, talvez uma possível justificativa, que só reforça ainda mais o problema, seja que os escassos movimentos missionários da época eram tão menosprezados e seus missionários tão isolados que mesmo os mais interessados não tinham registros de suas atividades para que pudessem relatá-las em suas obras biográficas sobre a Igreja. Apesar de tudo isso, esses heróis anônimos da fé, motivados pelo Espírito Santo, mantiveram o propósito da evangelização mundial, a despeito da negligência da maioria. E escreveram uma história maravilhosa que, felizmente, conheceremos seus resultados na eternidade.

4 – Missão ignorada na terminologia bíblica e na teologia formal

É esta a quarta razão apresentada por Patrick Johnstone, que explica o porquê de missão ser tão menosprezada e mal compreendida pelas igrejas. Nos deteremos especialmente nela por estar mais dentro da pauta desta edição.

A pesquisa realizada pelos estudiosos Barret e Johnson, publicados no livro What in the World is God Doing, revelaram que tanto no desenvolvimento da teologia com seus credos quanto das próprias traduções e versões bíblicas, muitos termos-chave, para uma melhor compreensão de missões na Bíblia e na teologia, foram omitidos ou modificados por outras expressões que, infelizmente, dificultaram uma melhor divulgação do tema.

A diversidade do vocabulário (missiológico) e o número de referências são uma prova convincente de que os versículos da Grande Comissão são centrais para uma compreensão correta da totalidade do Novo Testamento.9

Uma terminologia ineficiente

Outro problema relevante nessa discussão, levantado por Patrick Johnstone, é o verdadeiro sentido etimológico das palavras apóstolo e missionário. Se tomarmos o sentido original da palavra bíblica apóstolo (do grego apostello), que significa “o enviado” ou “eu remeto, eu lanço”, perceberemos que a mesma correspondente à palavra missionário (do latim missio). As duas têm exatamente o mesmo significado. Ou, ainda, quando aparece a palavra apóstolo na Bíblia, os tradutores, contextualizando, poderiam ter optado por missionário. Em outras palavras, o missionário de hoje poderia, neste sentido, ser legitimamente chamado de apóstolo, e missões poderia ser comumente chamada de apostolado ou obra apostólica, e vice-versa.

Veja que lindo ficaria 1Coríntios 12.28: “E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente MISSIONÁRIOS (apóstolos), em segundo lugar profetas, em terceiro doutores...”. Se ao longo da história cristã o termo apóstolo tivesse tido seu verdadeiro sentido amplamente discutido e divulgado, essa indiferença e também a rejeição à obra missionária não existiriam na igreja hoje.

Segundo Patrick, o missionário é o primeiro (no tempo) que o Senhor envia para fundar igrejas. Os outros ministérios são uma conseqüência dessa atividade.

Sou missionário há mais de 30 anos e dou muitas palestras, mas se eu me colocasse no púlpito e dissesse ‘Sou um apóstolo’, a maioria das pessoas acharia que eu não teria o direito de fazer tal afirmação, pois não há mais apóstolos; ou que eu seria o líder de alguma seita herética!10

Hoje, infelizmente, a maioria dos ministérios da igreja, inclusive aqueles que não possuem fundo histórico bíblico, sente-se infinitamente superior ao apostolado, ou seja, à obra missionária. E, como resultado desta confusão terminológica, muitos obreiros estão vivendo no limbo, abandonados por suas igrejas no campo missionário. Talvez, o próprio missionário Paulo estivesse se sentido abandonado pela igreja local quando pediu ajuda: “Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso SENHOR, nem de mim [...] fui constituído pregador, e apóstolo [missionário], e doutor dos gentios. Por cuja causa padeço também isto...”. (2Tm 1.8-13; grifo do autor) E ainda: “Só Lucas está comigo. Toma Marcos, e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério” (2Tm 4.1; grifo do autor).

Citando Barret e Johnson, o autor ainda apresenta, organizadamente, uma extraordinária coleção11 de termos e várias palavras e frases-chave referentes à evangelização mundial e seu emprego nas traduções utilizadas na Bíblia que, se recuperadas têm uma força poderosa na formação de nossos obreiros:

A Grande Comissão pode ser resumida em um verbo-chave grego: evangelizar (euangelizo). Essa palavra é usada 56 vezes no Novo Testamento. Além disso, há 10 variantes próximas baseadas no verbo-raiz angello. Há mais quatro sinônimos próximos e mais 19 quase-sinônimos, todos eles expressando aspectos do mesmo conceito, assim como, mais 500 palavras cognatas próximas (nomes etc.). A tarefa de evangelizar é detalhada pelo Senhor Jesus Cristo em sete mandamentos, que são imperativos e constituem a Grande Comissão. São eles: Recebei!, Ide!, Testemunhai!, Proclamai!, Discípulai!, Batizai!, Treinai!12

Todas essas palavras gregas são traduzidas em 596 termos, listados no livro mencionado anteriormente, como ampliações dos sete mandamentos. Portanto, o Novo Testamento é saturado com toda uma gama de palavras que se referem à evangelização mundial e local.

E, para nossa surpresa, embora a palavra evangelizar seja usada normalmente na forma grega, ela não aparece na maioria das traduções, como é o caso da versão King James. Apesar de ela ser substituída por outras palavras correlatas, estas, no entanto, não possuem a mesma força do termo original. Isso refletiu, ao longo da história, diretamente na construção teológica e eclesiástica da história da igreja, atenuando a doutrina bíblica de missões.

Os tratados teológicos

Dentro desta quarta razão apresentada por Patrick, este ponto, talvez, seja o mais curioso e surpreendente. Segundo ele, além de todas as razões anteriormente citadas, essa deficiência missiológica foi a que mais dificultou a construção de uma teologia cristã que valorizasse missões para um melhor entendimento da igreja.

Ele demonstra muito bem isso quando comenta as declarações doutrinárias dos credos e demais obras teológicas (pastoral e sistemática) de importantes teólogos.

Se por um lado eles foram tão importantes na conservação das demais doutrinas cristãs, tais como, Trindade, divindade do Senhor Jesus, personalidade do Espírito Santo etc, por outro, a maioria deles, surpreendentemente, omite qualquer referência sobre a tarefa transcultural e a natureza evangelística da igreja.

Esse problema documental perpetuou ainda mais a frágil e quase extinta noção de missões numa igreja cuja história está cheia de trágicos eventos. O reflexo disso pode ser visto claramente nos cursos teológicos e no dia-a-dia da igreja atual.

Basta você, leitor, estudar cada credo doutrinário da história cristã, exemplo: o Credo dos Apóstolos, o Credo de Cesaréia, o Credo de Nicéia, o Credo Niceno e o Credo Atanasiano, para perceber claramente a questão em pauta.13

A tese defendida pelo autor é que, assim como eles foram fundamentais para assegurar a nossa profissão de fé nas demais doutrinas frente às heresias dos primeiros séculos, deveriam também ter dogmatizado a doutrina bíblica de missão e a natureza missiológica do evangelho. Se isso tivesse ocorrido, com certeza, hoje, não haveria tanta desconfiança em crermos e praticarmos missões como uma doutrina bíblica autêntica.

A motivação do Credo dos Apóstolos não foi a evangelização mundial, mas o combate ao erro do Marcionismo. É trágico que a maior formulação da teologia cristã, que é freqüentemente a mais lida e estudada nas igrejas ao redor do mundo, não tenha uma única palavra sobre a Igreja e sua responsabilidade com o mundo perdido!14

Mais recentemente, por ocasião da reforma, encontramos Lutero e Calvino resgatando e desenvolvendo a verdadeira fé bíblica cristã e, embora tenham construído uma boa base para missiologia, também não foi essa a preocupação deles nem dos demais reformadores. Como é bem notado pelo autor, é impressionante que o resgate da Bíblia pela reforma não resultou num resgate imediato por missões mundiais.

Muitos dos teólogos sucessores foram ativamente hostis a qualquer pensamento de que missão era a responsabilidade da igreja. As grandes afirmações da Fé Reformada, a Confissão Belga ou o Catecismo de Heidelberg no continente europeu, a Confissão Inglesa de Westminster ou os Trinta e Nove Artigos Anglicanos omitem-se quanto ao assunto. Poucos teólogos luteranos e reformadores da Holanda, Grã-Bretanha e Alemanha procuraram investir contra a onda teológica, mas pouco resultado prático foi manifestado no envio real de missionários. O trabalho de missão foi conduzido por anabatistas, pietistas e morávios nos dois séculos seguintes, e foi ignorado pelos teólogos da época.15

É bem verdade que há razões que explicam esse comportamento. Mas em vista do prejuízo espiritual que isso trouxe para a evangelização mundial, nenhuma delas justifica tamanha negligência. Nesse contexto de inércia missionária, apenas alguns grupos de estigmatizados, como os anabatistas16, procuravam manter a chama acesa, com o riso de serem perseguidos e marginalizados. Mas a Grande Comissão tornou-se, para eles, o seu propósito de vida, e a eles devemos uma menção honrosa póstuma.

Após esse período, o problema ainda continuou com outros teólogos de grande expressão. E um exemplo citado por Patrick é a obra de Teologia Sistemática de A. H. Strong. Escrita há mais de cem anos, essa obra clássica da teologia evangélica, com mais de mil páginas, discorre brilhantemente sobre todas as doutrinas de fé. Mas missão mundial e a Grande Comissão de Mateus 28.19 são citadas apenas uma vez, e mesmo assim sem a idéia objetiva de evangelização transcultural.

Poucos grandes teólogos fizeram melhor. Seria um estudo interessante avaliar a cobertura da Grande Comissão e da missiologia em todos os trabalhos similares feito pelos principais teólogos. Acredito que os resultados revelariam exceções, mas na maioria, a ausência seria simplesmente evidente, e o meu argumento, confirmado.17

E é justamente isso que acontece com as demais obras de teologia sistemática e pastoral estudadas em nossos seminários. É obvio que esse quadro só poderia gerar pastores e líderes sem compromisso com missões. A pesquisa realizada pelo ICP, e publicada nesta edição (p. 46), demonstra bem isso. Missiologia é apenas uma matéria a mais do currículo, muito pouco enfatizada.

O missionário e teólogo luterano James Scherer percebeu isso nos seminários dos EUA, onde foi professor por muitos anos, país historicamente com grande atuação missionária:

Sempre me vinha à mente que o ensino de missões não tinha um lugar definido ou adequado no currículo teológico dos principais seminários. Essa falta de importância contrasta significativamente com a posição central de missão no Novo Testamento e nos primórdios da igreja [...] Assuntos como evangelismo, conversão, crescimento da igreja, testemunho a pessoas de outros credos e missão em unidade parecem totalmente estranhos aos alunos.

Recobrando a consciência

Este assunto exigiria muito mais espaço para um debate amplo e profundo sobre cada uma das particularidades envolvidas nesta questão. Esperamos que esta provocação, lançada por Patrick, e aqui parcialmente reproduzida, inspire grupos de discussão que levem este debate às conferências, aos congressos de missões, às salas de aula de cada seminário e aos estudos das igrejas.

Repetindo as palavras de Patrick Johnstone, que dizem: “...não quero aqui construir uma nova teologia baseada apenas nessas poucas afirmações”, entendo, porém, que alguma coisa precisa mudar! O alvo precisa ser corrigido.

Sem sombra de dúvida, nossa obediência pode apressar a sua volta! Maranata!

Notas:

1 Título em inglês: The church is bigger than you think, de Patrick Johnstone.
2 A Missão Horizontes está sediada em Monte Verde, Camanducaia (MG). É uma das mais dinâmicas agências missionárias brasileiras. Conheça um pouco mais deste ministério no site www.mhorizontes.org.br
3 Patrick Johnstone é ainda o autor do best seller Intercessão Mundial, considerado o melhor e mais atualizado manual de oração e informações sobre missões.
4 Ibid., p. 36, adaptado.
5 O autor dá significados diferentes para as palavras missão e missões. Sendo que missão é o plano global de Deus para a redenção da espécie humana (Rm 8.18-25) e missões as diferentes iniciativas e estratégias humanas para promover a missão de Deus.
6 Ibid., p. 37, adaptado.
7 Ibid., p. 41, adaptado.
8 Ibid., p.57
9 Ibid., p. 50.
10 Ibid., p. 54.
11 Veja em nosso site www.icp.com.br tabela em completa desses termos.
12 Ibid., p. 52.
13 Veja em nosso site www.icp.com.br a transcrição completa de todas essas declarações doutrinárias históricas.
14 Ibid., p. 59.
15 Ibid., p. 60.
16 Anabatistas – Movimento discidente da igreja oficial no século 16. Foram assim chamados por não concordarem, entre outras coisas, com a doutrina do batismo infatil e por rebatizarem seus novos convertidos. Sua história, pouco contada, é um relato comovente de missões e de como eram ardentes proclamadores do evangelho. Foram perseguidos pela igreja romana e pelos reformadores.
17 Ibid., p. 64.








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quinta-feira, 26 de agosto de 2010


Jesus, nomes e títulos

Jesus esteve presente nos tempos eternos, nos quais, Deus alegrava-se com a idéia da criação; participou do gênesis ativamente e ainda nos dias iniciais da existência do homem, foi alvo de uma profecia – promessa – que apontava para o maior dos sacrifícios, através do qual, a humanidade seria restaurada e viveria uma nova dimensão, uma vida fundamentada na rocha, inabalável e firme o suficiente para suportar as intempéries do dia-a-dia.
Oh graças! Muitos séculos passaram-se desde aquele dia memorável, no qual a promessa foi firmada, mas, o Todo-Poderoso não se esquece! E no tempo oportuno, explicita o quanto gosta do homem, enviando o Senhor para o sacrifício que restauraria a comunhão pessoal com Ele.
Neste artigo, quero mostrar a grandiosidade do Senhor Jesus, apresentando os Títulos e Nomes, pelos quais foi reconhecido pelo Seu povo.

Veja:

1) Advogado - 1Jo 2.1
2) Todo-Poderoso - Ap 1.8

3) Braço do Senhor - Is 51.9; 53.1
4)Autor e consumador da fé Hb 12.2

5) Autor da Salvação Hb 2.10 e 5.9
6) Filho Amado - Mc 1.11

7) Renovo – Is 4.2
8) Pão da Vida – Jo 6.35

9) Supremo Pastor – 1Pe 5.14
10) Cristo de Deus – Lc 9.20

11) Consolador de Israel - Lc 2.25
12) Pedra de Esquina – Sl 118.22

13) Conselheiro – Is 9.6
14) Criador – Jo 1.3

15) Sol Nascente – Lc 1.78
16) Libertador – Rm 11.26

17) Porta – Jo 10.7
18) Eleito de Deus – Is 42.1

19) Pai Eterno – Is 9.6
20) Primeiro e Último – Ap 1.5

21) Primogênito – Ap 1.5
22) Precursor – Hb 6.20

23) Glória do Senhor – Is 40.5
24) Deus – Jo 20.28; Rm 9.5

25) Bom Pastor – Jo 10.11
26) Guia – Mt 2.6

27) Sumo – Sacerdote – Hb 4.14
28) Cabeça da Igreja – Ef 1.22

29) Herdeiro – Hb 1.2
30) Santo Servo – At 4.27

31) Santo – At 3.14
32) Santo de Deus – Mc 1.24

33) Santo de Israel – Is 41.14
34) Salvação – Lc 1.69

35) Eu Sou – Jo 8.58
36) Imagem de Deus – 2Co 4.4

37) Emanuel – Is 7.14
38) Jesus – Mt 1.21

39) Jesus de Nazaré – Mt 21.11
40) Juiz de Israel – Mq 5.1

41) Justo – At 7.52
42)Rei – Zc 9.9

43) Rei dos Séculos – 1Tm 1.17
44) Rei dos Judeus – Mt 2.2

45) Rei dos Reis - 1Tm 6.15
46) Rei das Nações – Ap 15.3

47) Legislador – Is 33.22
48) Cordeiro – Jo 1.29; Ap 13.8

49) Príncipe – Is 55.4
50) Vida – Jo 14.6

51) Luz do Mundo – Jo 8.12
52) Leão de Judá – Ap 5.5

53) Senhor da Glória – 1Co 2.8
54) Senhor dos Senhores –1Tm 6.15

55) Homem de Dores – Is 53.3
56) Mediador – 1Tm 2.5

57) Mensageiro da Aliança – Ml 3.1
58) Messias – Jo 1.41

59) Deus Poderoso – Is 9.6
60) Poderoso – Is 60.16

61) Estrela da Manhã – Ap 22.16
62) Nazareno – Mt 2.23

63) Filho Unigênito – Jo 1.18
64) Príncipe da Vida – At 3.15

65) Príncipe da Paz – Is 9.6
66) Profeta – Lc 24.19; At 3.22

67) Ressurreição e Vida – Jo 11.25
68) Rocha – 1Co 10.4

69) Raiz de Davi – Ap 22.16
70) Palavra de Deus – Ap 19.13

71) Salvador – Lc 2.11
72) Semente da Mulher – Gn 3.15

73) Pastor – 1Pe 2.25
74) Filho de Deus Bendito – Mc 14.61

75) Filho de Davi – Mt 1.1
76) Filho de Deus – Mt 2.15

77) Filho do Altíssimo – Lc 1.32
78) Filho do Homem – Mt 8.20

79) Filho da Justiça – Ml 4.2
80) Verdadeira Luz – Jo 1.9

81) Videira Verdadeira – Jo 15.1
82) Verdade – Jo 1.14

83) Palavra, Verbo – Jo 1.1
84) Bispo – 1Pe 2.25


Este é Jesus, grande o suficiente para jamais poder entendê-lo (Rm 9.5), mas, tão humilde e amável, quanto um cordeiro (Jo 1.29).

Sejamos pois, um com o Senhor Jesus Cristo!
Amém.

Elias R. de Oliveira

domingo, 22 de agosto de 2010

O Apocalipse de Pedro (pseudígrafo)

O discurso profético do Senhor
1. “...muitos dentre eles serão falsos profetas e ensinarão caminhos e diversas doutrinas de perdição. 2. Ora, aqueles tornar-se-ão filhos da perdição. 3. Então virá Deus aos meus fiéis, os famintos e sedentos e que são aflitos e que tiveram suas almas aprovadas nesta vida, os quais julgarão os filhos da perversidade”.
O Senhor e os apóstolos vão ao monte orar
4. E também disse o Senhor: “Vamos ao monte e oremos”. 5. Então, indo com ele, nós, os doze discípulos, lhe suplicamos que nos mostrasse um de nossos irmãos justos que haviam partido do mundo, a fim de que víssemos que espécie de forma tinham e, sendo motivados, possamos motivar as pessoas que nos ouvirem.
A aparição de dois belos homens glorificados
6. E nós estávamos orando, quando súbito apareceram dois homens, posicionados para o leste, diante do Senhor, de modo que não conseguíamos olhar para eles. 7. Pois irradiavam de seus rostos um raio como do sol, e as suas roupas reluziam de uma forma jamais vista por olho humano, nem boca alguma poderia explicar nem coração algum conceber a glória com que estavam revestidos e a beleza de sua aparência. Olhando para eles, ficamos maravilhados, pois seus corpos eram mais alvos que toda neve e mais corados que qualquer rosa. 9. Ora, de tal forma se mesclava o seu rubor com a brancura, que não posso descrever esta beleza com palavras. 10. Pois sua cabeleira era lisa e semelhante a flores que caíam graciosamente sobre seus rostos e por seus ombros como uma coroa tecida de nardos e diversas flores, ou como o arco-íris no céu. Esta era a sua aparência.
11. Vendo sua beleza, ficamos encantados com eles, em sua súbita aparição. 12. E me aproximei do Senhor dizendo: “Estes quem são?” 13. Disse-me: “Estes são os vossos [nossos] irmãos, os justos, cuja forma desejastes ver”. 14. Também falei-lhe: “E onde estão todos os justos? Que tipo de lugar é o mundo em que vivem, tendo esta glória?”
A visão do mundo glorioso
15. E o Senhor me mostrou uma imensa região externa a este mundo, com uma luminosidade ofuscante, e a atmosfera daquele lugar era iluminada pelos raios do sol, e a sua terra florescia com flores imarcescíveis, e cheia de espécies e plantas, sempre florescentes e imperecíveis, gerando frutos benditos. 16. Ora, tal era o perfume que o aroma chegava até nós. 17. E os moradores deste lugar estavam vestidos como anjos reluzentes, e cada qual se vestia conforme sua região. 18. E havia anjos voejando em
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volta deles. 19. E a glória dos que ali moravam era em todos igual, e em uma voz louvavam ao Senhor Deus, regozijando-se naquele lugar. 20. O Senhor nos disse: “Este é o lugar dos vossos sumo-sacerdotes, as pessoas justas”.
A visão do mundo de castigo
21. Então vi outro lugar em frente a este, sórdido; e era um lugar de castigo. E vi os que eram castigados e os anjos que os castigavam, tendo as roupas escuras como trevas, em conformidade com a atmosfera daquele lugar.
Os blasfemadores
22. E alguns ali estavam pendurados pelas línguas. Ora, estes eram os que blasfemaram acerca do caminho da justiça; e debaixo deles uma fogueira ardia e os castigava.
Os injustos
23. E havia um grande lago repleto de lava ardente, no qual estavam aquelas pessoas que se haviam afastado da justiça, e sobre eles estavam os anjos verdugos.
Os adúlteros
24. Também havia outras pessoas, mulheres, penduradas pelos cabelos sobre aquela lava incandescente. Ora, estas eram as que se haviam adornado para o adultério. E, quanto aos que se uniram a elas na podridão do adultério, eram suspensos pelos pés, e tinham as cabeças sobre a lava. E todos diziam: “Não acreditávamos que haveríamos de findar neste lugar”.
Os assassinos
25. E vi os assassinos e os seus comparsas jogados em um lugar estreito e repleto de répteis malignos, e eram mordidos por aquelas feras, e se revolviam naquele tormento. Ora, sobre eles havia vermes, tantos que pareciam nuvens negras. E as almas dos que foram assassinados estavam observando o castigo daqueles assassinos, dizendo: “Ó Deus, justo é o teu juízo”.
As fornicadoras
26. Bem perto daquele lugar vi outro lugar estreito, no qual caiam os fluidos e dejetos fétidos dos que eram castigados, e ali se formara como que um lago. Ali jaziam mulheres, submersas até o pescoço naquele lamaçal; e, diante delas, muitas crianças, que haviam nascido precocemente, choravam. E disparavam labaredas de fogo que feriam as mulheres nos olhos. Ora, estas eram as que conceberam fora do casamento e abortaram.
Os perseguidores
27. E outros homens e mulheres eram queimados até a sua metade, e jogados em um lugar escuro, e flagelados por espíritos malignos, e tinham as entranhas devoradas por insaciáveis vermes. Ora, estes eram os que perseguiram os justos e os entregaram à morte.
Os blasfemadores
28. E perto daqueles havia ainda mulheres e homens mordendo os próprios lábios e sendo castigados; e eram içados por um ferro incandescente que lhes atravessava os olhos. Ora, estes eram os que blasfemaram e falaram mal acerca do caminho da justiça.
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Os mentirosos
29. E diante destes havia ainda homens e mulheres mordendo suas línguas e tendo fogo ardente nas bocas. Ora, estes eram os que praticaram falso testemunho.
Os avarentos
30. E em outro lugar havia rochedos incandescentes mais afiados do que espadas ou qualquer objeto pontiagudo, e mulheres e homens maltrapilhos, vestidos em trapos imundos, eram castigados rolando em volta de si mesmos. Ora, estes eram os ricos que confiaram em suas riquezas e não se compadeceram dos órfãos e das viúvas, antes negligenciaram os mandamentos de Deus.
Os agiotas
31. E, em outro grande lago, repleto de pus, sangue e lava ardente, havia homens e mulheres ajoelhados. Ora, estes eram os que emprestavam dinheiro e acrescentavam usura sobre usura.
Os homossexuais
32. E outros homens e mulheres eram atirados em um grande precipício. Chegando ao fundo, eram puxados até o topo por aqueles que estavam sobre eles, e novamente lançados no precipício; e este castigo não tinha fim. Ora, estes eram os homens que profanaram os próprios corpos, comportando-se como mulheres. E havia mulheres entre eles; estas eram as que se deitaram umas com as outras, como um homem se deita com uma mulher.
Os idólatras
33. E junto àquele precipício havia um lugar cheio de fogo; ali estavam homens que fizeram com as próprias mãos imagens de si mesmos, em lugar de Deus.
Os apóstatas
E, junto àqueles homens, havia outros homens e mulheres segurando bastões de fogo e golpeando-se uns aos outros e nunca cessavam de se castigar desta forma.
34. E ainda outros perto deles, mulheres e homens, queimando, contorcendo-se e fritando. Ora, estes eram os que abandonaram o caminho de Deus.
--FIM--
Índice Remissivo
Não se trata de uma lista exaustiva, mas de palavras com maior relevância no texto. Os números referem-se aos versos em que há ocorrência.
Alma(s): 3, 25
Anjo(s): 17, 18, 21, 23
Castigo, castigar: 21, 21, 21, 22, 25, 26, 28, 30, 32, 33
Deus: 3, 19, 25, 30, 33, 34
Discípulos: 5
Fogo: 26, 29, 33, 33
Homem(ns): 6, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 32, 32, 33, 33, 33, 34
Justiça: 22, 23, 28
Justo(s): 5, 13, 14, 20, 25, 27
Lugar: 14, 15, 17, 19, 20, 21, 21, 21, 24, 25, 26, 26, 27, 30, 33, 33
Mulher(es): 24, 26, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 32, 32, 33, 34
Mundo: 5, 14, 15
Pessoa(s): 5, 20, 23, 24
Profetas: 1
Senhor: 4, 6, 12, 15, 19, 20

sábado, 7 de agosto de 2010

Homens de Verdade (mp3) (pdf)

Várias palavras bíblicas identificam homens. Muitas vezes, “homens” são simplesmente seres humanos, e a palavra se refere aos descendentes de Adão e Eva – sejam do sexo masculino ou feminino. Outras vezes, as palavras usadas se referem a qualidades conhecidas como características de adultos do sexo masculino. Em algumas traduções da Bíblia, a palavra varão é usada para comunicar este sentido.

Em 1 Coríntios 16:13-14, Paulo exortou os irmãos, homens e mulheres, com estas palavras: “Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos. Todos os vossos atos sejam feitos com amor.” Vamos considerar este desafio de nos comportar “varonilmente” – como homens de verdade.

Varões no Novo Testamento

A palavra grega aner, que significa homem (macho), aparece centenas de vezes no Novo Testamento. Às vezes, ela simplesmente identifica algum marido ou homem, como o varão macedônio que Paulo viu numa visão (Atos 16:9). Em Atos 10:30, a mesma palavra é usada para descrever o anjo que Cornélio viu (cf. 10:3). Várias vezes, refere-se a Cristo, o “varão aprovado por Deus” (Atos 2:22; cf. 17:31; João 1:30). Nestes e vários outros trechos, um varão ou homem é um adulto do sexo masculino.

Encontramos palavras no Novo Testamento que usam a idéia de varões ou comportamento de varões para mostrar como os discípulos de Jesus devem agir. Vamos dedicar o resto deste estudo ao comportamento de varões. Como nós – homens, mulheres e jovens – devemos agir para nos portar “varonilmente”?

Demonstrar Domínio Próprio

Uma diferença entre homens e meninos é o domínio próprio que o adulto deve demonstrar, mas que normalmente não esperamos de crianças. Controle de si é uma característica de maturidade espiritual. Quando Paulo apresenta o fruto do Espírito, em contraste com as obras da carne, ele inclui domínio próprio (Gálatas 5:22-23). Quando Pedro falou das qualidades que devemos acrescentar em nossas vidas, domínio próprio estava na lista (2 Pedro 1:6). Exercer domínio próprio quer dizer pensar antes de agir, medindo as consequências das nossas decisões: “O prudente vê o mal e esconde-se; mas os simples passam adiante e sofrem a pena” (Provérbios 22:3). “Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado” (Provérbios 19:2).

Um aspecto específico deste domínio próprio é o controle da língua. Tiago disse: “Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo” (Tiago 3:2). Como é difícil dominar a língua! Quantos casamentos são destruídos por palavras não refletidas? Quantas pessoas sofrem sequelas a vida toda por causa das palavras que os pais soltaram sem pensar? Quantas guerras começam por causa das línguas soltas de líderes de nações? Deus ensina a importância do controle das nossas línguas para evitar estes e outros estragos.

Mas algumas pessoas fogem desta responsabilidade, usando desculpas para justificar sua falta de controle da língua. Frequentemente ouvimos alguém dizer: “Eu sou muito sincero” e já tomamos um passo para trás para nos preparar para as palavras crueis e destruidoras que sairão da boca dessa pessoa. Um homem sábio disse: “Alguém há cuja tagarelice é como pontas de espada” (Provérbios 12:18). Acrescentou: “O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruína” (Provérbios 13:3). “O homem depravado cava o mal, e nos seus lábios há como que fogo ardente” (Provérbios 16:27). Devemos evitar o erro de falar antes de ouvir: “Responder antes de ouvir é estultícia e vergonha” (Provérbios 18:13).

Controle da língua não significa ficar calado o tempo todo. Significa usar a língua para falar palavras que edificam e conduzem outras pessoas à sabedoria de Deus. Significa controlar a boca e escolher bem as palavras. “O coração do sábio é mestre de sua boca e aumenta a persuasão nos seus lábios” (Provérbios 16:23).

Devemos estender este domínio próprio a outros aspectos das nossas vidas. Num mundo que incentiva a sensualidade e a libertinagem, o discípulo de Cristo precisa exercer controle dos seus desejos e impulsos. Não devemos ceder às tentações da carne, nem devemos ser pessoas impetuosas ou inclinadas à raiva. Quando amadurecemos espiritualmente, aprendemos assumir responsabilidade pelos nossos próprios atos, especialmente quando erramos. Uma criança pode tentar negar a sua culpa, dizendo “aconteceu” ou “foi ele”, mas o homem de verdade assume responsabilidade quando erra e diz “Fui eu”. Sejamos varões!

Agir com Coragem

Agora vamos considerar especificamente o texto já citado em 1 Coríntios 16:13-14 – “Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos. Todos os vossos atos sejam feitos com amor.” Como percebemos pelos outros termos usados nestes versículos, a ênfase na idéia de varonilidade aqui é a coragem de homens. Normalmente pensamos nos homens como aqueles que mostram a coragem de arriscar suas próprias vidas para proteger mulheres e crianças. Nestes versículos, o varão deve:

(1) Ser vigilante. Ele não subestima o inimigo: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1 Pedro 5:8). O homem que se acha isento de tentação se posiciona para cair (1 Coríntios 10:12).

(2) Permanecer na fé, resistindo o adversário com firmeza espiritual: “Resisti-lhe firmes na fé” (1 Pedro 5:9). O discípulo de Cristo deve demonstrar a constância de manter a direção na sua vida, independente das circunstâncias. Esta constância é uma qualidade de homens adultos: “...até que cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro” (Efésios 4:13-14). Meninos são facilmente derrubados. Homens permanecem firmes.

(3) Fortalecer-se na fé. Uma vez que reconhecemos a necessidade de vigiar e resistir o adversário, vamos procurar crescer espiritualmente, ficando cada vez mais fortes. Para ser um homem de verdade, muitas pessoas precisam superar sua preguiça de ler e aprender a estudarem a Bíblia com disciplina e frequência (Hebreus 5:12-14).

(4) Amar. Quando Paulo diz que todos os nossos atos devem ser feitos com amor, podemos pensar que deixou as características de varões e começou a falar sobre um aspecto mais feminino. Mas o amor, também, é característica do homem! Neste contexto, o amor é o que motiva o homem a ser corajoso. Ele defende a fé porque ele ama a Deus. Ele defende os outros – a família, seus irmãos em Cristo, etc. – porque ele ama estas pessoas e quer o bem delas. O amor exige a coragem de até se sacrificar para o bem dos outros (cf. Efésios 5:25-29).

E Nós? Somos Varões ou Covardes?

Deus mandou Josué expulsar da terra os povos rebeldes que iam levar os israelitas ao pecado, e disse para ele: “Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o Senhor, teu Deus, é contigo por onde quer que andares” (Josué 1:9). Precisamos da mesma coragem e da mesma confiança no Senhor quando expulsamos o pecado da nossa vida, e quando ajudamos outros a se livrarem do pecado. Mas, na hora de corrigir a pessoa que caiu no pecado, muitos supostos cristãos se mostram covardes. Paulo disse: “Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura” (Gálatas 6:1). Tiago reforçou este ensinamento: “Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados” (Tiago 5:19-20). Não deixemos o medo de perder amizade nos impedir de fazer o que Deus manda. Vamos ter coragem e amar os outros o bastante para falar a verdade e tentar recuperar almas perdidas!

O Perigo de Não Ser Varões

A covardia não faz bem! Precisamos lembrar de dois fatos fundamentais sobre este mal:

(1) O espírito de covardia não vem de Deus (2 Timóteo 1:7).

(2) Os covardes têm lugar reservado no lago de fogo (Apocalipse 21:8). Jesus disse: “Porque qualquer que, nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos” (Marcos 8:38).

Tenhamos coragem para entrar na batalha contra o pecado e permanecer firmes. Mostremos a mesma atitude de Paulo: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê...” (Romanos 1:16).

Sejamos Homens de Verdade!

Todos nós – homens, mulheres e jovens – devemos nos comportar como varões espirituais!

–por Dennis Allan
Equilíbrio no Falar

A disciplina que vem do Senhor é indispensável na vida cristã. “Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça” (Hebreus 12:11). E quando pensamos sobre a noasa língua percebemos a necessidade de termos ainda mais disciplina justamente por causa da dificuldade em controlá-la. Com este equilíbrio no falar o servo de Cristo será útil nas mãos do seu Senhor e influenciará outros – principalmente os da sua própria família – a se disciplinarem nesse aspecto.

Uma Ferramenta Poderosa

A língua é uma poderosa ferramenta para o bem quando utilizada da maneira correta “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto” (Provérbios 18:21). Deus quer que nós a usemos com sabedoria; não podemos deixá-la fora de controle. Como cristãos temos uma razão maior que nos encoraja e dá esperança, a vida eterna que temos pela frente. O prêmio eterno é precioso demais para deixarmos um membro tão pequeno do nosso corpo colocar tudo a perder “Ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno” (Tiago 3:6). Com entendimento e determinação para agir a cada dia, viveremos como verdadeiros representantes de Cristo neste mundo “Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo” (Filipenses 1:27).

Deus Quer Nos Ajudar

A língua tem poder para mostrar as pessoas quem realmente somos. Com dedicação e amor pelo Senhor o Espírito Santo agirá produzindo domínio próprio (Gálatas 5:22-23). Nossas vidas serão transformadas, e o nosso falar será uma benção para as pessoas ao nosso redor.

Por isso, é necessário manter o compromisso no Senhor, pregando a palavra (2 Timóteo 2:2), se dedicando na prática de boas obras (1 Timóteo 6:18), nas leituras bíblicas (1 Timóteo 4:13), nas orações (1 Timóteo 2:1), e na comunhão com Deus e com nossos irmãos. Agindo assim haverá crescimento espiritual e nos tornaremos cada vez mais semelhantes ao nosso mestre (2 Coríntios 3:18). Mesmo assim é possível falhar. Se isso acontecer nós vamos correr para Deus pedindo perdão e orando para que Deus dome a nossa língua e transforme a fonte que é nosso coração (1 João 1:9; Mateus 12:34; 15:18). Que alívio saber que Deus tem boa vontade para nos ajudar e salvar! “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória” (Judas 24).

diga não aos fariseus!!!!

Praticar o que Ensinamos

Jesus ensinava aquilo que vivia. Diferente de muitos religiosos de sua época, Jesus não só falava a verdade como vivia a verdade. Em um trecho desafiador ele disse: “Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus. Sede misericordiosos como também é misericordioso vosso Pai” (Lucas 6:35-36).

Muitas vezes falamos e ensinamos coisas que não estamos dispostos a praticar, ou mesmo que nem estamos vivendo. Jesus não ficou apenas nas palavras quando ensinou, mas ele mesmo se entregou pelos seus inimigos: “Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:6-8).

Jesus criticou a atitude hipócrita dos fariseus e escribas, que não praticavam aquilo que ensinavam (Mateus 23:1-4).

Confiantes no Senhor e na sua misericórdia, que sejamos verdadeiramente praticantes de sua palavra e seus ensinamentos, e não somente ouvintes (Tiago 1:22-25). Observando a forma prática como o Senhor nos amou, sejamos cada vez mais dispostos a verdadeiramente ouvir, ensinar e praticar o seu amor (Esdras 7:10).

–por Alessandro B. F. da Costa

sábado, 10 de julho de 2010

A Depressão do Profeta Elias



"Elias, foi sentar-se embaixo de um pé de zimbro e pediu a morte" I Rs 19:4




É dificil entender como alguém de relacionamento tão íntimo com Deus, cheio do Espírito Santo, chegue a tal situação. Elias, não foi o primeiro, e não será o único. Por todos os dias, desfrutamos de misericórdia e fidelidade Divina, porém, quando as tribulações nos chegam, a falibilidade humana, tende a esquecer a infalibilidade de Deus. Elias, estava desanimado, angustiado e cheio de dúvidas:Ameaçado de morte, foge da terrível Jezabel e refugia-se no deserto, embaixo de um pé de zimbro, pedindo a morte.



Ele preferia ser morto por Deus, a ser entregue a uma ímpia . Elias, havia presenciado a morte, de muitos profetas, não esperava, contudo, que sua vez chegaria. Afinal, ele era amigo de Deus, com muitas promessas a serem realizadas. Isto já conteceu com você? Acreditou firmemente nas promessas Divinas e de repente viu tudo conspirar contra? Deus, havia esquecido de Elias? Haveria Deus, esquecido de mim e de você? Dos que O buscam e confiam em Sua providência?



Eu já estive como Elias. Foi quando escrevi o artigo: "No começo era o fim" ou "Não temas, verme de Jacó". Estive, em um momento de grande angústia, vi, uma porção preciosa de minha vida desmoronar. Parecia o fim. Não cheguei a pedir a morte, mas, era como se houvesse morrido. Me refugiei no "zimbro", A Palavra de Deus. As mensagens, que ministro, passam primeiramente por mim. Deus, me fala, me anima, me conforta, e me sinto na obrigação de fazer o mesmo. Porque sei, que outras vidas serão edificadas. Embaixo do "zimbro", recebo Àgua e Pão. Me fortaleço para prosseguir, confiante de que Deus está comigo.



Hoje, ao reler o artigo que escrevi a dois anos atrás, vejo como Deus me foi fiel. Converteu o mal começo. Tornou tudo novo e melhor! Maravilhoso É O Senhor! Grande em poder e misericórdia! Elias, caminhou solitário, por um dia, em direção ao deserto, sem comida, nem água, em silêncio, conversou com Deus, porque sequer tinha forças para falar. Ao encontrar a sombra, contemplou a aridez do solo, o céu, sem nuvens, e erguendo sua voz, orou, a Deus. Não era a oração que Deus, queria ouvir. Mas que Deus, sabia ser possível e previsível a todo e qualquer homem limitado e oprimido.



Satanás, ataca-nos em nossos momentos de fraqueza. Foi assim, com Jesus, no deserto. Jesus, teve fome, o inimigo, lhe ofereceu pão. Ele se apresenta, como a solução mais rápida e fácil. Foi assim com Elias: "Pede a morte, você, não merece mais viver dessa forma", essa voz, "martelava" na cabeça do profeta. Assim, como martelou na de Moisés, Jonas e Jô. Exatamente, quando se acharam em grande aperto, eles, também, pediram a morte. Ao nos sentirmos derrotados, o inimigo, tem a vitória.



Quando você estiver caminhando para o deserto, lembre-se, refugie-se no zimbro: "E deitou-se e dormiu debaixo do zimbro; eis então que o anjo o tocou, e lhe disse: levanta-te come" I Rs 19:5. Elias, estava tão desanimado que comeu bebeu, mas dormiu novamente. Isto, pode acontecer conosco. Elias, recebeu o Rhema de Deus. Deus, falando especificamente para Ele. Uma palavra viva, tão viva, que moveu o céu. Um anjo, visível, lhe animando. Elias, tornou a dormir. E pela segunda vez ouviu: "Levanta e come, te será muito longo o caminho"I Rs 19:7. O caminho foi realmente longo, o profeta, caminhou por quarenta dias no deserto, fortalecido por Deus.



Talvez, Elias desejasse, comer e dormir para sempre, mas, é impossível, permanecer inerte, quando Deus nos fala fazendo-nos saber que está conosco. Quando Deus fala, tudo se transforma. Quando Ele diz: "Não temas, pois, porque estou contigo" Is 43:5, impossível não se levantar. O profeta, seguiu, porém, após os quarenta dias, tornou a se sentir fraco. Se refugiou em uma caverna, e Deus, novamente, o falou, através de uma brisa "mansa e delicada". Elias estava obstinado. Deus, porém, não desistiu de Elias. Ele nunca desiste de nós. Por isso, "saia da caverna". Não se intimide pelas ameaças do inimigo. Coma e beba no "zimbro" e não desista.



"Senhor, mataram todos os profetas e só eu fiquei e buscam minha vida para matar-me" I Rs 19:14. Elias, estava certo de que era o único naquela situação. Deus, pacientemente , o manda retornar, diz para ele ungir Eliseu como profeta para substitui-lo, por fim, revela a Elias que existiam mais sete mil homens (profetas), na mesma situação dele: ameaçados de morte, fugindo de Jezabel. Não somos os únicos a passar por tribulações, existem milhares de vidas em situação igual ou pior que a nossa.



A história de Elias, teve um final feliz. Ele venceu em vida, até ser arrebatado aos céus. Seus inimigos, tiveram um fim trágico. Elias, com todas as suas falhas, foi agradável a Deus. Conosco, não é diferente. Deus nos ama. Mais do que nossa finita mente possa alcançar. Ele, não quer que desistamos, mas que nos refugiemos Nele. No "zimbro", onde Àgua e Comida, nos fortalecerá rumo a vitória. Que as lições de Elias "homem sujeito ás mesmas paixões que nós"Tg 5:17, fale, profundamente aos nossos corações, amém.


Wilma Rejane
Postado

sábado, 26 de junho de 2010

Jean Marie Delmaire
A História
O Renascimento do Hebraico

Israel tem uma língua oficial, o hebraico. Entretanto no século passado, essa língua era uma língua morta, usada unicamente na liturgia e na literatura. Em poucos anos, professores inspirados e dedicados – que foram também pioneiros - conseguiram com sucesso à impor para todo um povo.
A língua hebraica está até entre os principais fatores de sucesso do renascimento nacional judaico na Europa. É um paradoxo, porque no século XIX a língua do povo era o iídiche, enquanto que o hebraico tinha apenas a antiga função de língua litúrgica.
Entretanto, em torno de 1800, voltou a ser um instrumento literário a serviço do movimento Luzes Judaicas e Haskaah, que emprega uma língua próxima do hebraico, isto é artificialmente reconstituída. O motivo, concerne a um número restrito de indivíduos, que no Oriente usam o hebraico antigo ocasionalmente como língua de comunicação entre asquenazes e sefaraditas que falam o árabe ou o ladino.
Esse renascimento literário inicial e a fraca manutenção de uma língua de contato vão certamente facilitar o extraordinário empreendimento de um homem: Eliezer BenYehuda. Sua maior ambição é tornar o hebraico a língua nacional a ser falada por todos os povos de Israel.
Eliezer Perlman (1858-1922) , chamado posteriormente de BenYehuda (filho de Judéia) nasceu em Vilma (Vilanius) onde seguiu o curso comum do ensinamento rabínico. Passando em seguida aos estudos profanos, se interessou pela literatura hebraica. Indeciso quanto a sua escolha cultural vai para Paris para estudar medicina. Suas idéias evoluem sob influência de amigos um russo e um sábio judeu francês, apaixonado pelo hebraico, José Halevy, que tenta ocasionalmente fazer pequenos cursos de hebraico para impressionar seus alunos. É possível reconstituir seu caminho através dos artigos escritos nesta época por BenYehuda para o Jornal Nacionalista hebraico – A Aurora – publicado em Viena pelo escritor Smolenski. Inicialmente ele liga a questão nacional à questão da língua escrita e ao seu ensino. Depois ele define sua idéia de utilizar o hebraico como língua educativa, afirmando que tal projeto só pode ser realizado na Palestina, para ele a "Terra de Israel". Enfim, ele decide dar exemplo e parte para Jerusalém, após ter se casado com uma jovem professora de russo, Débora, que ele convenceu de seus sonhos. A biografia clássica aponta alguns episódios modelares mais ou menos exatos sobre a decisão que teria sido tomada pelo casal de só falar o hebraico e de educar nessa língua seu futuro filho.
Chegando à Terra Santa em 1881, BenYehuda encontra no meio religioso alguns amorosos do hebraico que o sabem falar mais ou menos. O diretor da nova escola Aliança Israelita Universal de Jerusalém, o irrequieto Nissim Behar, lhe permite se sustentar empregando-o em sua escola, onde lhe foi possível durante um ano e meio tentar sua experiência de ensino. Um ato pioneiro que alguns alunos prolongarão com maior sucesso à partir do ano seguinte.
Voltando a Paris para as primeiras pesquisas ligadas a seu novo projeto, a redação de um "Thesaurus" da língua hebraica, BenYehuda se lança sobretudo na aventura de um novo Jornal Ha Zvi (o Cervo) chamado mais tarde de Ha Or (A Luz). Essa publicação bastante crítica em relação aos círculos tradicionais vai lhe trazer grandes inimizades, sem, nem por isso, atrair a confiança dos novos imigrantes "sionistas" que criam então as primeiras colônias.
Cruelmente atingido pela morte de Débora, BenYehuda casa com a irmã desta última, Henda, uma mulher enérgica que assiste sem fraquejar o que contribuíra, depois de seu desaparecimento a traçar um retrato dele como um personagem fora do comum.
Em 1889 BenYehuda coloca o pé na Academia de Língua Hebraica, destinada sobretudo a enriquecer a linguagem, para lhe fornecer as palavras usuais que faltam cruelmente, o que ele faz recorrendo sistematicamente às línguas semíticas, o aramaico e o árabe, bem como as palavras européias comuns evitando uma grande contaminação iídiche ou pelas línguas européias, em particular. Assim nasceram numerosos termos hebraicos utilizados atualmente como "diccionnaire", "serviette", "trottoir", "tomate", etc. Depois de públicar apressadamente vários manuais escolares, BenYehouda se lança no grande empreendimento de sua vida, o famoso Thesaurus, onde ele pretende reunir todas as palavras hebraicas de todos os tempos.
Seu desprezo por todas as convenções religiosas se manifesta em sua conduta pessoal tanto quanto na sua obra pedagógica. Assim, BenYehouda "inventa" o teatro em hebraico, para o grande escândalo dos tradicionalistas. Por isso ele será denunciado ao governador Otomano, pelos judeus religiosos integristas, sob o protesto de um artigo subversivo. Preso por muitos meses é liberado em Beirute graças a numerosas intervenções , seu jornal será suspenso por um ano. Tantos acontecimentos que trarão os primeiros conflitos graves entre sociedade laica e a sociedade religiosa na Palestina. Para se livrar dessa posição de pária, BenYehuda se liga rapidamente a Herzl. Forçado a fugir durante a primeira Guerra Mundial ele irá se refugiar nos Estados Unidos onde continua a trabalhar no seu Thesaurus. Volta à Palestina e morre em 1922.
Uma Guerra de Línguas travada por professores
Tem-se atualmente a tendência de atribuir a BenYehuda todo o mérito desse espetacular "renascimento" de uma língua morta. Porém, longe disso, não cabe somente a ele. Certamente ele deu o exemplo em numerosos aspectos – educação , jornalismo, lexicografia, mas os verdadeiros propagadores do Hebreu falado foram de um lado os professores, de outro os animadores das "sociedades Hebraicas" que floresceram um pouco em vários lugares por volta de 1890, e enfim pelos jornalistas, com a criação de cotidianos em hebraico, publicados à partir de 1886.
No espaço de vinte anos, foram os professores fanáticos e dotados que conseguiram hebraizar o sistema escolar na Palestina. Se trata de um episódio apaixonante e o mais desconhecido da ressurreição do Hebraico, que terminou em 1912 em um conflito entre o novo sistema escolar e as escolas alemães e francesas, que se multiplicavam então.
Essa "guerra" de línguas terminou no ano seguinte com o trunfo do hebraico, sem que BenYehuda fosse o ator principal. Desde o inicio do mandato inglês sobre a Palestina, o hebraico foi reconhecido como língua oficial pela potência mandatária, tirando assim o iídiche, embora está fosse a língua mais falada pelos imigrantes judeus. O slogan "Hebreu fala hebraico" exprimiu essa vitória de uma política voluntariosa que Herzl não acreditava mais útil para a construção de um Estado Judaico, mas que os pioneiros impuseram no local.

Traduzido por Victoria Cardimenviado por Leon M. MayerPresidente da Loja Albert Einstein da B'nai B'rith do RJ

Editoração

quarta-feira, 23 de junho de 2010

As 95 Teses de Martinho Lutero


Em 31 de Outubro de 1517, Martinho Lutero afixou na porta da capela de Wittemberg 95 teses que gostaria de discutir com os teólogos católicos, as quais versavam principalmente sobre penitência, indulgências e a salvação pela fé. O evento marca o início da Reforma Protestante, de onde posteriormente veio a Igreja Presbiteriana, e representa um marco e um ponto de partida para a recuperação das sãs doutrinas.
Movido pelo amor e pelo empenho em prol do esclarecimento da verdade discutir-se-á em Wittemberg, sob a presidência do Rev. padre Martinho Lutero, o que segue. Aqueles que não puderem estar presentes para tratarem o assunto verbalmente conosco, o poderão fazer por escrito.
Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

1ª Tese
Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: Arrependei-vos...., certamente quer que toda a vida dos seus crentes na terra seja contínuo arrependimento.
2ª Tese
E esta expressão não pode e não deve ser interpretada como referindo-se ao sacramento da penitência, isto é, à confissão e satisfação, a cargo do ofício dos sacerdotes.
3ª Tese
Todavia não quer que apenas se entenda o arrependimento interno; o arrependimento interno nem mesmo é arrependimento quando não produz toda sorte de modificações da carne.
4ª Tese
Assim sendo, o arrependimento e o pesar, isto é, a verdadeira penitência, perdura enquanto o homem se desagradar de si mesmo, a saber, até a entrada desta para a vida eterna.
5ª Tese
O papa não quer e não pode dispensar outras penas, além das que impôs ao seu alvitre ou em acordo com os cânones, que são estatutos papais.
6ª Tese
O papa não pode perdoar divida senão declarar e confirmar aquilo que Já foi perdoado por Deus; ou então faz nos casos que lhe foram reservados. Nestes casos, se desprezados, a dívida deixaria de ser em absoluto anulada ou perdoada.
7ª Tese
Deus a ninguém perdoa a dívida sem que ao mesmo tempo o subordine, em sincera humildade, ao sacerdote, seu vigário.
8ª Tese
Canones poenitendiales, que não as ordenanças de prescrição da maneira em que se deve confessar e expiar, apenas aio Impostas aos vivos, e, de acordo com as mesmas ordenanças, não dizem respeito aos moribundos.
9ª Tese
Eis porque o Espírito Santo nos faz bem mediante o papa, excluído este de todos os seus decretos ou direitos o artigo da morte e da necessidade suprema
10ª Tese
Procedem desajuizadamente e mal os sacerdotes que reservam e impõem aos moribundos poenitentias canonicas ou penitências para o purgatório a fim de ali serem cumpridas.
11ª Tese
Este joio, que é o de se transformar a penitência e satisfação, Previstas pelos cânones ou estatutos, em penitência ou penas do purgatório, foi semeado quando os bispos se achavam dormindo.
12ª Tese
Outrora canonicae poenae, ou sejam penitência e satisfação por pecadores cometidos eram impostos, não depois, mas antes da absolvição, com a finalidade de provar a sinceridade do arrependimento e do pesar.
13ª Tese
Os moribundos tudo satisfazem com a sua morte e estão mortos para o direito canônico, sendo, portanto, dispensados, com justiça, de sua imposição.
14ª Tese
Piedade ou amor Imperfeitos da parte daquele que se acha às portas da morte necessariamente resultam em grande temor; logo, quanto menor o amor, tanto maior o temor.
15ª Tese
Este temor e espanto em si tão só, sem falar de outras cousas, bastam para causar o tormento e o horror do purgatório, pois que se avizinham da angústia do desespero.
16ª Tese
Inferno, purgatório e céu parecem ser tão diferentes quanto o são um do outro o desespero completo, incompleto ou quase desespero e certeza.
17ª Tese
Parece que assim como no purgatório diminuem a angústia e o espanto das almas, nelas também deve crescer e aumentar o amor.
18ª Tese
Bem assim parece não ter sido provado, nem por boas ações e nem pela Escritura, que as almas no purgatório se encontram fora da possibilidade do mérito ou do crescimento no amor.
19ª Tese
Ainda parece não ter sido provado que todas as almas do purgatório tenham certeza de sua salvação e não receiem por ela, não obstante nós termos absoluta certeza disto.
20ª Tese
Por isso o papa não quer dizer e nem compreende com as palavras “perdão plenário de todas as penas” que todo o tormento é perdoado, mas as penas por ele impostas.
21ª Tese
Eis porque erram os apregoadores de indulgências ao afirmarem ser o homem perdoado de todas as penas e salvo mediante a indulgência do papa.
22ª Tese
Pensa com efeito, o papa nenhuma pena dispensa às almas no purgatório das que segundo os cânones da Igreja deviam ter expiado e pago na presente vida.
23ª Tese
Verdade é que se houver qualquer perdão plenário das penas, este apenas será dado aos mais perfeitos, que são muito poucos.
24ª Tese
Assim sendo, a maioria do povo é ludibriada com as pomposas promessas do indistinto perdão, impressionando-se o homem singelo com as penas pagas.
25ª Tese
Exatamente o mesmo poder geral, que o papa tem sobre o purgatório, qualquer bispo e cura d'almas o tem no seu bispado e na sua paróquia, quer de modo especial e quer para com os seus em particular.
26ª Tese
O papa faz muito bem em não conceder às almas o perdão em virtude do poder das chaves (ao qual não possui), mas pela ajuda ou em forma de intercessão.
27ª Tese
Pregam futilidades humanas quantos alegam que no momento em que a moeda soa ao cair na caixa a alma se vai do purgatório.
28ª Tese
Certo é que no momento em que a moeda soa na caixa vêm o lucro e o amor ao dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão da Igreja tão só correspondem à vontade e ao agrado de Deus.
29ª Tese
E quem sabe, se todas as almas do purgatório querem ser libertadas, quando há quem diga o que sucedeu com Santo Severino e Pascoal.
30ª Tese
Ninguém tem certeza da suficiência do seu arrependimento e pesar verdadeiros; muito menos certeza pode ter de haver alcançado pleno perdão dos seus pecados.
31ª Tese
Tão raro como existe alguém que possui arrependimento e, pesar verdadeiros, tão raro também é aquele que verdadeiramente alcança indulgência, sendo bem poucos os que se encontram.
32ª Tese
Irão para o diabo juntamente com os seus mestres aqueles que julgam obter certeza de sua salvação mediante breves de indulgência.
33ª Tese
Há que acautelasse muito e ter cuidado daqueles que dizem: A indulgência do papa é a mais sublime e mais preciosa graça ou dadiva de Deus, pela qual o homem é reconciliado com Deus.
34ª Tese
Tanto assim que a graça da indulgência apenas se refere à pena satisfatória estipulada por homens.
35ª Tese
Ensinam de maneira ímpia quantos alegam que aqueles que querem livrar almas do purgatório ou adquirir breves de confissão não necessitam de arrependimento e pesar.
36ª Tese
Todo e qualquer cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados, sente pesar por ter pecado, tem pleno perdão da pena e da dívida, perdão esse que lhe pertence mesmo sem breve de indulgência.
37ª Tese
Todo e qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, é participante de todos os bens de Cristo e da Igreja, dádiva de Deus, mesmo sem breve de indulgência.
38ª Tese
Entretanto se não deve desprezar o perdão e a distribuição por parte do papa. Pois, conforme declarei, o seu perdão constitui uma declaração do perdão divino.
39ª Tese
É extremamente difícil, mesmo para os mais doutos teólogos, exaltar diante do povo ao mesmo tempo a grande riqueza da indulgência e ao contrário o verdadeiro arrependimento e pesar.
40ª Tese
O verdadeiro arrependimento e pesar buscam e amam o castigo: mas a profusão da indulgência livra das penas e faz com que se as aborreça, pelo menos quando há oportunidade para isso.
41ª Tese
É necessário pregar cautelosamente sobre a indulgência papal para que o homem singelo não julgue erroneamente ser a indulgência preferível às demais obras de caridade ou melhor do que elas.
42ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, não ser pensamento e opinião do papa que a aquisição de indulgência de alguma maneira possa ser comparada com qualquer obra de caridade.
43ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos proceder melhor quem dá aos pobres ou empresta aos necessitados do que os que compram indulgências.
44ª Tese
Ê que pela obra de caridade cresce o amor ao próximo e o homem torna-se mais piedoso; pelas indulgências, porém, não se torna melhor senão mais seguro e livre da pena.
45ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que vê seu próximo padecer necessidade e a despeito disto gasta dinheiro com indulgências, não adquire indulgências do papa. mas provoca a ira de Deus.
46ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem fartura , fiquem com o necessário para a casa e de maneira nenhuma o esbanjem com indulgências.
47ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, ser a compra de indulgências livre e não ordenada
48ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa precisa conceder mais indulgências, mais necessita de uma oração fervorosa do que de dinheiro.
49ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, serem muito boas as indulgências do papa enquanto o homem não confiar nelas; mas muito prejudiciais quando, em conseqüência delas, se perde o temor de Deus.
50ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa tivesse conhecimento da traficância dos apregoadores de indulgências, preferiria ver a catedral de São Pedro ser reduzida a cinzas a ser edificada com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que o papa, por dever seu, preferiria distribuir o seu dinheiro aos que em geral são despojados do dinheiro pelos apregoadores de indulgências, vendendo, se necessário fosse, a própria catedral de São Pedro.
52º Tese
Comete-se injustiça contra a Palavra de Deus quando, no mesmo sermão, se consagra tanto ou mais tempo à indulgência do que à pregação da Palavra do Senhor.
53ª Tese
São inimigos de Cristo e do papa quantos por causa da prédica de indulgências proíbem a Palavra de Deus nas demais igrejas.
54ª Tese
Esperar ser salvo mediante breves de indulgência é vaidade e mentira, mesmo se o comissário de indulgências, mesmo se o próprio papa oferecesse sua alma como garantia.
55ª Tese
A intenção do papa não pode ser outra do que celebrar a indulgência, que é a causa menor, com um sino, uma pompa e uma cerimônia, enquanto o Evangelho, que é o essencial, importa ser anunciado mediante cem sinos, centenas de pompas e solenidades.
56ª Tese
Os tesouros da Igreja, dos quais o papa tira e distribui as indulgências, não são bastante mencionados e nem suficientemente conhecido na Igreja de Cristo.
57ª Tese
Que não são bens temporais, é evidente, porquanto muitos pregadores a estes não distribuem com facilidade, antes os ajuntam.
58ª Tese
Tão pouco são os merecimentos de Cristo e dos santos, porquanto estes sempre são eficientes e, independentemente do papa, operam salvação do homem interior e a cruz, a morte e o inferno para o homem exterior.
59ª Tese
São Lourenço aos pobres chamava tesouros da Igreja, mas no sentido em que a palavra era usada na sua época.
60ª Tese
Afirmamos com boa razão, sem temeridade ou leviandade, que estes tesouros são as chaves da Igreja, a ela dado pelo merecimento de Cristo.
61ª Tese
Evidente é que para o perdão de penas e para a absolvição em determinados casos o poder do papa por si só basta.
62ª Tese
O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63ª Tese
Este tesouro, porém, é muito desprezado e odiado, porquanto faz com que os primeiros sejam os últimos.
64ª Tese
Enquanto isso o tesouro das indulgências é sabiamente o mais apreciado, porquanto faz com que os últimos sejam os primeiros.
65ª Tese
Por essa razão os tesouros evangélicos outrora foram as redes com que se apanhavam os ricos e abastados.
66ª Tese
Os tesouros das indulgências, porém, são as redes com que hoje se apanham as riquezas dos homens.
67ª Tese
As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como a mais sublime graça decerto assim são consideradas porque lhes trazem grandes proventos.
68ª Tese
Nem por isso semelhante indigência não deixa de ser a mais Intima graça comparada com a graça de Deus e a piedade da cruz.
69ª Tese
Os bispos e os sacerdotes são obrigados a receber os comissários das indulgências apostólicas com toda a reverência-
70ª Tese
Entretanto têm muito maior dever de conservar abertos olhos e ouvidos, para que estes comissários, em vez de cumprirem as ordens recebidas do papa, não preguem os seus próprios sonhos.
71ª Tese
Aquele, porém, que se insurgir contra as palavras insolentes e arrogantes dos apregoadores de indulgências, seja abençoado.
72ª Tese
Quem levanta a sua voz contra a verdade das indulgências papais é excomungado e maldito.
73ª Tese
Da mesma maneira em que o papa usa de justiça ao fulminar com a excomunhão aos que em prejuízo do comércio de indulgências procedem astuciosamente.
74ª Tese
Muito mais deseja atingir com o desfavor e a excomunhão àqueles que, sob o pretexto de indulgência, prejudiquem a santa caridade e a verdade pela sua maneira de agir.
75ª Tese
Considerar as indulgências do papa tão poderosas, a ponto de poderem absolver alguém dos pecados, mesmo que (cousa impossível) tivesse desonrado a mãe de Deus, significa ser demente.
78 ª Tese
Bem ao contrario, afirmamos que a indulgência do papa nem mesmo o menor pecado venial pode anular o que diz respeito à culpa que constitui.
77ª Tese
Dizer que mesmo São Pedro, se agora fosse papa, não poderia dispensar maior indulgência, significa blasfemar S. Pedro e o papa.
78ª Tese
Em contrario dizemos que o atual papa, e todos os que o sucederam, é detentor de muito maior indulgência, isto é, o Evangelho, as virtudes o dom de curar, etc., de acordo com o que diz 1Coríntios 12.
79ª Tese
Afirmar ter a cruz de indulgências adornada com as armas do papa e colocada na igreja tanto valor como a própria cruz de Cristo, é blasfêmia.
80ª Tese
Os bispos, padres e teólogos que consentem em semelhante linguagem diante do povo, terão de prestar contas deste procedimento.
81ª Tese
Semelhante pregação, a enaltecer atrevida e insolentemente a Indulgência, faz com que mesmo a homens doutos é difícil proteger a devida reverência ao papa contra a maledicência e as fortes objeções dos leigos.
82 ª Tese
Eis um exemplo: Por que o papa não tira duma só vez todas as almas do purgatório, movido por santíssima' caridade e em face da mais premente necessidade das almas, que seria justíssimo motivo para tanto, quando em troca de vil dinheiro para a construção da catedral de S. Pedro, livra um sem número de almas, logo por motivo bastante Insignificante?
83ª Tese
Outrossim: Por que continuam as exéquias e missas de ano em sufrágio das almas dos defuntos e não se devolve o dinheiro recebido para o mesmo fim ou não se permite os doadores busquem de novo os benefícios ou pretendas oferecidos em favor dos mortos, visto' ser Injusto continuar a rezar pelos já resgatados?
84ª Tese
Ainda: Que nova piedade de Deus e dó papa é esta, que permite a um ímpio e inimigo resgatar uma alma piedosa e agradável a Deus por amor ao dinheiro e não resgatar esta mesma alma piedosa e querida de sua grande necessidade por livre amor e sem paga?
85ª Tese
Ainda: Por que os cânones de penitencia, que, de fato, faz muito caducaram e morreram pelo desuso, tornam a ser resgatados mediante dinheiro em forma de indulgência como se continuassem bem vivos e em vigor?
86ª Tese
Ainda: Por que o papa, cuja fortuna hoje é mais principesca do que a de qualquer Credo, não prefere edificar a catedral de S. Pedro de seu próprio bolso em vez de o fazer com o dinheiro de fiéis pobres?
87ª Tese
Ainda: Quê ou que parte concede o papa do dinheiro proveniente de indulgências aos que pela penitência completa assiste o direito à indulgência plenária?
88ª Tese
Afinal: Que maior bem poderia receber a Igreja, se o papa, como Já O faz, cem vezes ao dia, concedesse a cada fiel semelhante dispensa e participação da indulgência a título gratuito.
89ª Tese
Visto o papa visar mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que revoga os breves de indulgência outrora por ele concedidos, aos quais atribuía as mesmas virtudes?
90ª Tese
Refutar estes argumentos sagazes dos leigos pelo uso da força e não mediante argumentos da lógica, significa entregar a Igreja e o papa a zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos.
91ª Tese
Se a Indulgência fosse apregoada segundo o espírito e sentido do papa, aqueles receios seriam facilmente desfeitos, nem mesmo teriam surgido.
92ª Tese
Fora, pois, com todos estes profetas que dizem ao povo de Cristo: Paz! Paz! e não há Paz.
93ª Tese
Abençoados sejam, porém, todos os profetas que dizem à grei de Cristo: Cruz! Cruz! e não há cruz.
94ª Tese
Admoestem-se os cristãos a que se empenhem em seguir sua Cabeça Cristo através do padecimento, morte e inferno.
95ª Tese
E assim esperem mais entrar no Reino dos céus através de muitas tribulações do que facilitados diante de consolações infundadas.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O Que Devo Fazer Para Me Salvar?

Por quase 2.000 anos, as pessoas têm feito uma pergunta crucial: "O que devo fazer para me salvar?" (Atos 16:30). Respondendo a esta pergunta, várias respostas têm sido dadas. Os líderes e professores de religião sempre discordam em suas respostas para esta questão básica. Se nós temos alguma esperança de uma vida eterna, é essencial que encontremos a resposta de Deus.
Quase todos os estudantes da Bíblia concordam que ela fala de várias coisas que estão envolvidas com a salvação. Quando nós lemos a Bíblia, aprendemos a importância de:

- O Evangelho
- Cristo
- Fé
- Confissão
- Arrependimento
- Batismo
- Perseverança

Todas essas coisas são importantes. Mas, são necessárias todas elas? Neste ponto, existe muita discórdia entre os professores de religião. Alguns ensinam que devemos ser batizados mesmo sendo incapazes de crer e confessar. Outros dizem que devemos crer e confessar, mas que o batismo não é necessário. Alguns dizem que devemos superar nossas tentações fielmente depois que nossos pecados do passado foram perdoados, enquanto outros dizem que um Cristão não pode se perder, mesmo que a pessoa volte para o pecado. Outros ainda dizem que a mensagem do Evangelho de Cristo é somente uma das várias maneiras para se salvar. As doutrinas humanas são terrivelmente confusas.
Quando nós finalmente estivermos diante de Deus, não seremos julgados pelas recomendações de igrejas ou professores humanos. Seremos julgados pelas palavras de Jesus, as quais estão reveladas para nós no Novo Testamento (João 12:48-50). Devemos nos voltar para as páginas do Novo Testamento para descobrir se podemos omitir qualquer um dos itens acima mencionados, e ainda permanecermos salvos. Por favor, pegue sua Bíblia e leia as passagens mencionadas nas páginas seguintes. Lembre-se, a sua salvação eterna depende de encontrar a resposta de Deus para essa pergunta tão importante.

domingo, 20 de junho de 2010


  • * O livro maior é o dos Salmos, com 150 capítulos.* O livro menor é II João.* O capítulo maior é Salmos 119.* O capítulo menor é salmos 117.* O capítulo 37 de Isaías e o 19 de II Reis são iguais.* Foram usados três idiomas em sua confecção: Hebraico, grego e aramaico.* Foi escrita em aproximadamente 1600 anos, por uns 40 autores e contém 66 livros.* A Palavra SENHOR é encontrada na Bíblia 1853 vezes e REVERENDO 1 vez no Salmo 111:9.* O verso maior é Ester 8:9.* O verso menor é Êxodo 20:13.* O verso central é Salmos 118:8.* Texto áureo da Bíblia: João 3:16A tradução grega da palavra Bíblia (biblia (pl.)) significa livros. Seu tempo de composição durou aproximadamente 1600 anos, com um total de 40 autores aproximadamente. Possui 66 livros, divididos em Velho Testamento com 39 livros e Novo Testamento com 27 livros, assim classificados: Históricos - Gênesis, Êxodo, Levíticos, Números. Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias e Ester. Poéticos - Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cânticos dos Cânticos. Proféticos - (Maiores) Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel e Daniel, (Menores) Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Evangelhos - Mateus, Marcos, Lucas e João. Históricos - Atos. Cartas de Paulo - Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I e II Tessalonicenses, I e II Timóteo, Tito e Filemon. Cartas Gerais - Hebreus, Tiago, I e II Pedro, I, II e III João e Judas. Profético - Apocalipse.As divisões da Bíblia facilitam sua memorização. Não se deve pensar que somente os proféticos é que têm profecia, ou só os poéticos só têm poesia, ou os doutrinários (Epístolas) só doutrinas; da mesma forma os históricos não são apenas para relatar fatos, assim como não há muitos fatos históricos. Cada livro da Bíblia deve ser estudado convenientemente para que o seu ensino seja apreendido. Sem dúvida alguma a Bíblia é uma biblioteca extraordinária!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O VALOR DA SUA MORTE!!!!

Esse é o verdadeiro sentido do evangelho pregado por Jesus Cristo a dois mil anos atrás ,o arrependimento ,que quer dizer a mudança de atitude e mudança da maneira de pensar. Hoje são poucas os pregadores que zelam em passar a palavra de Deus com o sentido de ganhar almas para o reino do Senhor preferindo voltar seus interesses em constituir um sistema voltado em valores que a Bíblia,que é a palavra de Deus, deixa bem claro que Jesus não dava prioridade: "Mas, buscai primeiro o reino de Deus,e a sua justiça,e todas essas coisas vos serão acrescentadas"MT 6:33

A Reforma Protestante


Martinho Lutero

A Reforma Protestante foi um movimento de caráter religioso que marcou a passagem do mundo medieval para o moderno. Entre um dos fatores de grande relevância que assinalaram esse período de transformações podemos destacar o novo contexto econômico do período. No ambiente das cidades, os comerciantes burgueses eram malvistos pela Igreja. Segundo os clérigos, a prática da usura (empréstimo de dinheiro a juro) feria o sagrado controle que Deus tinha sobre o tempo. Além dos comerciantes, a própria crise econômica feudal também instigou a população a questionar os dogmas impostos pela Igreja. Os clérigos estavam muito mais próximos das questões materiais envolvendo o poder político e a posse de terras, do que preocupados com as mazelas sofridas pela população camponesa. Um dos mais claros reflexos dessa situação pôde ser notado com o relaxamento dos costumes que incitava padres, bispos e cardeais a não cumprirem seus votos religiosos. Já no século XII apareceram os primeiros movimentos que questionavam as crenças e práticas do catolicismo. Entre outras manifestações, podemos destacar o papel exercido pelos cátaros, originários da região sul da França. Naquela região as distinções culturais históricas propiciaram a ascendência de uma fé cristã à parte dos ditames da Igreja Católica. Realizando uma leitura própria do texto, os cátaros tinham valores morais bastante rígidos que se contrastava com o comportamento dos líderes clericais. No século posterior, vendo a grande presença do movimento religioso, o papa Inocêncio III ordenou a realização de uma cruzada que – entre 1209 e 1229 – aniquilou o movimento cátaro. Além disso, as acusações de feitiçaria eram bastante corriqueiras entre indivíduos considerados suspeitos ou infiéis. Já na Idade Média, a Igreja criou o Tribunal da Santa Inquisição que percorria diversas regiões da Europa, reprimindo aqueles que ameaçassem seu poderio religioso e ideológico. Outros intelectuais, nos séculos XIV e XV, também indicavam como os valores absolutos da Igreja já não tinham a mesma força mediante as transformações históricas experimentadas. O inglês John Wycliffe (1330 – 138) redigiu alguns ensaios onde denunciava as ações corruptas da Igreja e defendia a salvação espiritual por meio da fé. Em certa medida, as teorias lançadas por esse pensador viriam a influenciar as obras de Martinho Lutero, no século XVI. Jan Huss (1370 – 1415) foi um padre que se preocupou em traduzir o texto bíblico em outras línguas e denunciou o comportamento dos clérigos católicos. A pregação por ele empreendida, ao longo da Boêmia, motivou a violenta reação das autoridades do Sacro-Império Germânico que ordenaram sua morte pela fogueira. A morte de Huss deu origem a um movimento popular conhecido como hussismo. A grande maioria de seus integrantes eram camponeses pobres insatisfeitos com sua condição de vida. O movimento renascentista também deu passos importantes no questionamento do papel exercido pela Igreja Católica. A teoria empirista de Francis Bacon; o heliocentrismo defendido por Nicolau Copérnico; e a física newtoniana descentralizou o monopólio intelectual da Igreja. O conhecimento gerado por esses e outros indivíduos lançava a idéia de que o homem não necessitava da chancela de uma instituição que o concedesse o direito de conhecer a Deus ou o mundo. Dessa maneira, se formou todo um histórico de tentativas e fatos que antecederam a consolidação do movimento reformista. Mesmo sofrendo diferentes ofensivas ao longo do tempo, a Igreja ainda conservou um conjunto de práticas que complicavam a estabilidade do poder clerical. A venda de indulgências, a negociação de cargos eclesiásticos e a vida amoral ainda foram questões que incentivaram o aparecimento das novas religiões protestantes.