sábado, 26 de junho de 2010

Jean Marie Delmaire
A História
O Renascimento do Hebraico

Israel tem uma língua oficial, o hebraico. Entretanto no século passado, essa língua era uma língua morta, usada unicamente na liturgia e na literatura. Em poucos anos, professores inspirados e dedicados – que foram também pioneiros - conseguiram com sucesso à impor para todo um povo.
A língua hebraica está até entre os principais fatores de sucesso do renascimento nacional judaico na Europa. É um paradoxo, porque no século XIX a língua do povo era o iídiche, enquanto que o hebraico tinha apenas a antiga função de língua litúrgica.
Entretanto, em torno de 1800, voltou a ser um instrumento literário a serviço do movimento Luzes Judaicas e Haskaah, que emprega uma língua próxima do hebraico, isto é artificialmente reconstituída. O motivo, concerne a um número restrito de indivíduos, que no Oriente usam o hebraico antigo ocasionalmente como língua de comunicação entre asquenazes e sefaraditas que falam o árabe ou o ladino.
Esse renascimento literário inicial e a fraca manutenção de uma língua de contato vão certamente facilitar o extraordinário empreendimento de um homem: Eliezer BenYehuda. Sua maior ambição é tornar o hebraico a língua nacional a ser falada por todos os povos de Israel.
Eliezer Perlman (1858-1922) , chamado posteriormente de BenYehuda (filho de Judéia) nasceu em Vilma (Vilanius) onde seguiu o curso comum do ensinamento rabínico. Passando em seguida aos estudos profanos, se interessou pela literatura hebraica. Indeciso quanto a sua escolha cultural vai para Paris para estudar medicina. Suas idéias evoluem sob influência de amigos um russo e um sábio judeu francês, apaixonado pelo hebraico, José Halevy, que tenta ocasionalmente fazer pequenos cursos de hebraico para impressionar seus alunos. É possível reconstituir seu caminho através dos artigos escritos nesta época por BenYehuda para o Jornal Nacionalista hebraico – A Aurora – publicado em Viena pelo escritor Smolenski. Inicialmente ele liga a questão nacional à questão da língua escrita e ao seu ensino. Depois ele define sua idéia de utilizar o hebraico como língua educativa, afirmando que tal projeto só pode ser realizado na Palestina, para ele a "Terra de Israel". Enfim, ele decide dar exemplo e parte para Jerusalém, após ter se casado com uma jovem professora de russo, Débora, que ele convenceu de seus sonhos. A biografia clássica aponta alguns episódios modelares mais ou menos exatos sobre a decisão que teria sido tomada pelo casal de só falar o hebraico e de educar nessa língua seu futuro filho.
Chegando à Terra Santa em 1881, BenYehuda encontra no meio religioso alguns amorosos do hebraico que o sabem falar mais ou menos. O diretor da nova escola Aliança Israelita Universal de Jerusalém, o irrequieto Nissim Behar, lhe permite se sustentar empregando-o em sua escola, onde lhe foi possível durante um ano e meio tentar sua experiência de ensino. Um ato pioneiro que alguns alunos prolongarão com maior sucesso à partir do ano seguinte.
Voltando a Paris para as primeiras pesquisas ligadas a seu novo projeto, a redação de um "Thesaurus" da língua hebraica, BenYehuda se lança sobretudo na aventura de um novo Jornal Ha Zvi (o Cervo) chamado mais tarde de Ha Or (A Luz). Essa publicação bastante crítica em relação aos círculos tradicionais vai lhe trazer grandes inimizades, sem, nem por isso, atrair a confiança dos novos imigrantes "sionistas" que criam então as primeiras colônias.
Cruelmente atingido pela morte de Débora, BenYehuda casa com a irmã desta última, Henda, uma mulher enérgica que assiste sem fraquejar o que contribuíra, depois de seu desaparecimento a traçar um retrato dele como um personagem fora do comum.
Em 1889 BenYehuda coloca o pé na Academia de Língua Hebraica, destinada sobretudo a enriquecer a linguagem, para lhe fornecer as palavras usuais que faltam cruelmente, o que ele faz recorrendo sistematicamente às línguas semíticas, o aramaico e o árabe, bem como as palavras européias comuns evitando uma grande contaminação iídiche ou pelas línguas européias, em particular. Assim nasceram numerosos termos hebraicos utilizados atualmente como "diccionnaire", "serviette", "trottoir", "tomate", etc. Depois de públicar apressadamente vários manuais escolares, BenYehouda se lança no grande empreendimento de sua vida, o famoso Thesaurus, onde ele pretende reunir todas as palavras hebraicas de todos os tempos.
Seu desprezo por todas as convenções religiosas se manifesta em sua conduta pessoal tanto quanto na sua obra pedagógica. Assim, BenYehouda "inventa" o teatro em hebraico, para o grande escândalo dos tradicionalistas. Por isso ele será denunciado ao governador Otomano, pelos judeus religiosos integristas, sob o protesto de um artigo subversivo. Preso por muitos meses é liberado em Beirute graças a numerosas intervenções , seu jornal será suspenso por um ano. Tantos acontecimentos que trarão os primeiros conflitos graves entre sociedade laica e a sociedade religiosa na Palestina. Para se livrar dessa posição de pária, BenYehuda se liga rapidamente a Herzl. Forçado a fugir durante a primeira Guerra Mundial ele irá se refugiar nos Estados Unidos onde continua a trabalhar no seu Thesaurus. Volta à Palestina e morre em 1922.
Uma Guerra de Línguas travada por professores
Tem-se atualmente a tendência de atribuir a BenYehuda todo o mérito desse espetacular "renascimento" de uma língua morta. Porém, longe disso, não cabe somente a ele. Certamente ele deu o exemplo em numerosos aspectos – educação , jornalismo, lexicografia, mas os verdadeiros propagadores do Hebreu falado foram de um lado os professores, de outro os animadores das "sociedades Hebraicas" que floresceram um pouco em vários lugares por volta de 1890, e enfim pelos jornalistas, com a criação de cotidianos em hebraico, publicados à partir de 1886.
No espaço de vinte anos, foram os professores fanáticos e dotados que conseguiram hebraizar o sistema escolar na Palestina. Se trata de um episódio apaixonante e o mais desconhecido da ressurreição do Hebraico, que terminou em 1912 em um conflito entre o novo sistema escolar e as escolas alemães e francesas, que se multiplicavam então.
Essa "guerra" de línguas terminou no ano seguinte com o trunfo do hebraico, sem que BenYehuda fosse o ator principal. Desde o inicio do mandato inglês sobre a Palestina, o hebraico foi reconhecido como língua oficial pela potência mandatária, tirando assim o iídiche, embora está fosse a língua mais falada pelos imigrantes judeus. O slogan "Hebreu fala hebraico" exprimiu essa vitória de uma política voluntariosa que Herzl não acreditava mais útil para a construção de um Estado Judaico, mas que os pioneiros impuseram no local.

Traduzido por Victoria Cardimenviado por Leon M. MayerPresidente da Loja Albert Einstein da B'nai B'rith do RJ

Editoração

quarta-feira, 23 de junho de 2010

As 95 Teses de Martinho Lutero


Em 31 de Outubro de 1517, Martinho Lutero afixou na porta da capela de Wittemberg 95 teses que gostaria de discutir com os teólogos católicos, as quais versavam principalmente sobre penitência, indulgências e a salvação pela fé. O evento marca o início da Reforma Protestante, de onde posteriormente veio a Igreja Presbiteriana, e representa um marco e um ponto de partida para a recuperação das sãs doutrinas.
Movido pelo amor e pelo empenho em prol do esclarecimento da verdade discutir-se-á em Wittemberg, sob a presidência do Rev. padre Martinho Lutero, o que segue. Aqueles que não puderem estar presentes para tratarem o assunto verbalmente conosco, o poderão fazer por escrito.
Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

1ª Tese
Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: Arrependei-vos...., certamente quer que toda a vida dos seus crentes na terra seja contínuo arrependimento.
2ª Tese
E esta expressão não pode e não deve ser interpretada como referindo-se ao sacramento da penitência, isto é, à confissão e satisfação, a cargo do ofício dos sacerdotes.
3ª Tese
Todavia não quer que apenas se entenda o arrependimento interno; o arrependimento interno nem mesmo é arrependimento quando não produz toda sorte de modificações da carne.
4ª Tese
Assim sendo, o arrependimento e o pesar, isto é, a verdadeira penitência, perdura enquanto o homem se desagradar de si mesmo, a saber, até a entrada desta para a vida eterna.
5ª Tese
O papa não quer e não pode dispensar outras penas, além das que impôs ao seu alvitre ou em acordo com os cânones, que são estatutos papais.
6ª Tese
O papa não pode perdoar divida senão declarar e confirmar aquilo que Já foi perdoado por Deus; ou então faz nos casos que lhe foram reservados. Nestes casos, se desprezados, a dívida deixaria de ser em absoluto anulada ou perdoada.
7ª Tese
Deus a ninguém perdoa a dívida sem que ao mesmo tempo o subordine, em sincera humildade, ao sacerdote, seu vigário.
8ª Tese
Canones poenitendiales, que não as ordenanças de prescrição da maneira em que se deve confessar e expiar, apenas aio Impostas aos vivos, e, de acordo com as mesmas ordenanças, não dizem respeito aos moribundos.
9ª Tese
Eis porque o Espírito Santo nos faz bem mediante o papa, excluído este de todos os seus decretos ou direitos o artigo da morte e da necessidade suprema
10ª Tese
Procedem desajuizadamente e mal os sacerdotes que reservam e impõem aos moribundos poenitentias canonicas ou penitências para o purgatório a fim de ali serem cumpridas.
11ª Tese
Este joio, que é o de se transformar a penitência e satisfação, Previstas pelos cânones ou estatutos, em penitência ou penas do purgatório, foi semeado quando os bispos se achavam dormindo.
12ª Tese
Outrora canonicae poenae, ou sejam penitência e satisfação por pecadores cometidos eram impostos, não depois, mas antes da absolvição, com a finalidade de provar a sinceridade do arrependimento e do pesar.
13ª Tese
Os moribundos tudo satisfazem com a sua morte e estão mortos para o direito canônico, sendo, portanto, dispensados, com justiça, de sua imposição.
14ª Tese
Piedade ou amor Imperfeitos da parte daquele que se acha às portas da morte necessariamente resultam em grande temor; logo, quanto menor o amor, tanto maior o temor.
15ª Tese
Este temor e espanto em si tão só, sem falar de outras cousas, bastam para causar o tormento e o horror do purgatório, pois que se avizinham da angústia do desespero.
16ª Tese
Inferno, purgatório e céu parecem ser tão diferentes quanto o são um do outro o desespero completo, incompleto ou quase desespero e certeza.
17ª Tese
Parece que assim como no purgatório diminuem a angústia e o espanto das almas, nelas também deve crescer e aumentar o amor.
18ª Tese
Bem assim parece não ter sido provado, nem por boas ações e nem pela Escritura, que as almas no purgatório se encontram fora da possibilidade do mérito ou do crescimento no amor.
19ª Tese
Ainda parece não ter sido provado que todas as almas do purgatório tenham certeza de sua salvação e não receiem por ela, não obstante nós termos absoluta certeza disto.
20ª Tese
Por isso o papa não quer dizer e nem compreende com as palavras “perdão plenário de todas as penas” que todo o tormento é perdoado, mas as penas por ele impostas.
21ª Tese
Eis porque erram os apregoadores de indulgências ao afirmarem ser o homem perdoado de todas as penas e salvo mediante a indulgência do papa.
22ª Tese
Pensa com efeito, o papa nenhuma pena dispensa às almas no purgatório das que segundo os cânones da Igreja deviam ter expiado e pago na presente vida.
23ª Tese
Verdade é que se houver qualquer perdão plenário das penas, este apenas será dado aos mais perfeitos, que são muito poucos.
24ª Tese
Assim sendo, a maioria do povo é ludibriada com as pomposas promessas do indistinto perdão, impressionando-se o homem singelo com as penas pagas.
25ª Tese
Exatamente o mesmo poder geral, que o papa tem sobre o purgatório, qualquer bispo e cura d'almas o tem no seu bispado e na sua paróquia, quer de modo especial e quer para com os seus em particular.
26ª Tese
O papa faz muito bem em não conceder às almas o perdão em virtude do poder das chaves (ao qual não possui), mas pela ajuda ou em forma de intercessão.
27ª Tese
Pregam futilidades humanas quantos alegam que no momento em que a moeda soa ao cair na caixa a alma se vai do purgatório.
28ª Tese
Certo é que no momento em que a moeda soa na caixa vêm o lucro e o amor ao dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão da Igreja tão só correspondem à vontade e ao agrado de Deus.
29ª Tese
E quem sabe, se todas as almas do purgatório querem ser libertadas, quando há quem diga o que sucedeu com Santo Severino e Pascoal.
30ª Tese
Ninguém tem certeza da suficiência do seu arrependimento e pesar verdadeiros; muito menos certeza pode ter de haver alcançado pleno perdão dos seus pecados.
31ª Tese
Tão raro como existe alguém que possui arrependimento e, pesar verdadeiros, tão raro também é aquele que verdadeiramente alcança indulgência, sendo bem poucos os que se encontram.
32ª Tese
Irão para o diabo juntamente com os seus mestres aqueles que julgam obter certeza de sua salvação mediante breves de indulgência.
33ª Tese
Há que acautelasse muito e ter cuidado daqueles que dizem: A indulgência do papa é a mais sublime e mais preciosa graça ou dadiva de Deus, pela qual o homem é reconciliado com Deus.
34ª Tese
Tanto assim que a graça da indulgência apenas se refere à pena satisfatória estipulada por homens.
35ª Tese
Ensinam de maneira ímpia quantos alegam que aqueles que querem livrar almas do purgatório ou adquirir breves de confissão não necessitam de arrependimento e pesar.
36ª Tese
Todo e qualquer cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados, sente pesar por ter pecado, tem pleno perdão da pena e da dívida, perdão esse que lhe pertence mesmo sem breve de indulgência.
37ª Tese
Todo e qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, é participante de todos os bens de Cristo e da Igreja, dádiva de Deus, mesmo sem breve de indulgência.
38ª Tese
Entretanto se não deve desprezar o perdão e a distribuição por parte do papa. Pois, conforme declarei, o seu perdão constitui uma declaração do perdão divino.
39ª Tese
É extremamente difícil, mesmo para os mais doutos teólogos, exaltar diante do povo ao mesmo tempo a grande riqueza da indulgência e ao contrário o verdadeiro arrependimento e pesar.
40ª Tese
O verdadeiro arrependimento e pesar buscam e amam o castigo: mas a profusão da indulgência livra das penas e faz com que se as aborreça, pelo menos quando há oportunidade para isso.
41ª Tese
É necessário pregar cautelosamente sobre a indulgência papal para que o homem singelo não julgue erroneamente ser a indulgência preferível às demais obras de caridade ou melhor do que elas.
42ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, não ser pensamento e opinião do papa que a aquisição de indulgência de alguma maneira possa ser comparada com qualquer obra de caridade.
43ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos proceder melhor quem dá aos pobres ou empresta aos necessitados do que os que compram indulgências.
44ª Tese
Ê que pela obra de caridade cresce o amor ao próximo e o homem torna-se mais piedoso; pelas indulgências, porém, não se torna melhor senão mais seguro e livre da pena.
45ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que vê seu próximo padecer necessidade e a despeito disto gasta dinheiro com indulgências, não adquire indulgências do papa. mas provoca a ira de Deus.
46ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem fartura , fiquem com o necessário para a casa e de maneira nenhuma o esbanjem com indulgências.
47ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, ser a compra de indulgências livre e não ordenada
48ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa precisa conceder mais indulgências, mais necessita de uma oração fervorosa do que de dinheiro.
49ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, serem muito boas as indulgências do papa enquanto o homem não confiar nelas; mas muito prejudiciais quando, em conseqüência delas, se perde o temor de Deus.
50ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa tivesse conhecimento da traficância dos apregoadores de indulgências, preferiria ver a catedral de São Pedro ser reduzida a cinzas a ser edificada com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que o papa, por dever seu, preferiria distribuir o seu dinheiro aos que em geral são despojados do dinheiro pelos apregoadores de indulgências, vendendo, se necessário fosse, a própria catedral de São Pedro.
52º Tese
Comete-se injustiça contra a Palavra de Deus quando, no mesmo sermão, se consagra tanto ou mais tempo à indulgência do que à pregação da Palavra do Senhor.
53ª Tese
São inimigos de Cristo e do papa quantos por causa da prédica de indulgências proíbem a Palavra de Deus nas demais igrejas.
54ª Tese
Esperar ser salvo mediante breves de indulgência é vaidade e mentira, mesmo se o comissário de indulgências, mesmo se o próprio papa oferecesse sua alma como garantia.
55ª Tese
A intenção do papa não pode ser outra do que celebrar a indulgência, que é a causa menor, com um sino, uma pompa e uma cerimônia, enquanto o Evangelho, que é o essencial, importa ser anunciado mediante cem sinos, centenas de pompas e solenidades.
56ª Tese
Os tesouros da Igreja, dos quais o papa tira e distribui as indulgências, não são bastante mencionados e nem suficientemente conhecido na Igreja de Cristo.
57ª Tese
Que não são bens temporais, é evidente, porquanto muitos pregadores a estes não distribuem com facilidade, antes os ajuntam.
58ª Tese
Tão pouco são os merecimentos de Cristo e dos santos, porquanto estes sempre são eficientes e, independentemente do papa, operam salvação do homem interior e a cruz, a morte e o inferno para o homem exterior.
59ª Tese
São Lourenço aos pobres chamava tesouros da Igreja, mas no sentido em que a palavra era usada na sua época.
60ª Tese
Afirmamos com boa razão, sem temeridade ou leviandade, que estes tesouros são as chaves da Igreja, a ela dado pelo merecimento de Cristo.
61ª Tese
Evidente é que para o perdão de penas e para a absolvição em determinados casos o poder do papa por si só basta.
62ª Tese
O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63ª Tese
Este tesouro, porém, é muito desprezado e odiado, porquanto faz com que os primeiros sejam os últimos.
64ª Tese
Enquanto isso o tesouro das indulgências é sabiamente o mais apreciado, porquanto faz com que os últimos sejam os primeiros.
65ª Tese
Por essa razão os tesouros evangélicos outrora foram as redes com que se apanhavam os ricos e abastados.
66ª Tese
Os tesouros das indulgências, porém, são as redes com que hoje se apanham as riquezas dos homens.
67ª Tese
As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como a mais sublime graça decerto assim são consideradas porque lhes trazem grandes proventos.
68ª Tese
Nem por isso semelhante indigência não deixa de ser a mais Intima graça comparada com a graça de Deus e a piedade da cruz.
69ª Tese
Os bispos e os sacerdotes são obrigados a receber os comissários das indulgências apostólicas com toda a reverência-
70ª Tese
Entretanto têm muito maior dever de conservar abertos olhos e ouvidos, para que estes comissários, em vez de cumprirem as ordens recebidas do papa, não preguem os seus próprios sonhos.
71ª Tese
Aquele, porém, que se insurgir contra as palavras insolentes e arrogantes dos apregoadores de indulgências, seja abençoado.
72ª Tese
Quem levanta a sua voz contra a verdade das indulgências papais é excomungado e maldito.
73ª Tese
Da mesma maneira em que o papa usa de justiça ao fulminar com a excomunhão aos que em prejuízo do comércio de indulgências procedem astuciosamente.
74ª Tese
Muito mais deseja atingir com o desfavor e a excomunhão àqueles que, sob o pretexto de indulgência, prejudiquem a santa caridade e a verdade pela sua maneira de agir.
75ª Tese
Considerar as indulgências do papa tão poderosas, a ponto de poderem absolver alguém dos pecados, mesmo que (cousa impossível) tivesse desonrado a mãe de Deus, significa ser demente.
78 ª Tese
Bem ao contrario, afirmamos que a indulgência do papa nem mesmo o menor pecado venial pode anular o que diz respeito à culpa que constitui.
77ª Tese
Dizer que mesmo São Pedro, se agora fosse papa, não poderia dispensar maior indulgência, significa blasfemar S. Pedro e o papa.
78ª Tese
Em contrario dizemos que o atual papa, e todos os que o sucederam, é detentor de muito maior indulgência, isto é, o Evangelho, as virtudes o dom de curar, etc., de acordo com o que diz 1Coríntios 12.
79ª Tese
Afirmar ter a cruz de indulgências adornada com as armas do papa e colocada na igreja tanto valor como a própria cruz de Cristo, é blasfêmia.
80ª Tese
Os bispos, padres e teólogos que consentem em semelhante linguagem diante do povo, terão de prestar contas deste procedimento.
81ª Tese
Semelhante pregação, a enaltecer atrevida e insolentemente a Indulgência, faz com que mesmo a homens doutos é difícil proteger a devida reverência ao papa contra a maledicência e as fortes objeções dos leigos.
82 ª Tese
Eis um exemplo: Por que o papa não tira duma só vez todas as almas do purgatório, movido por santíssima' caridade e em face da mais premente necessidade das almas, que seria justíssimo motivo para tanto, quando em troca de vil dinheiro para a construção da catedral de S. Pedro, livra um sem número de almas, logo por motivo bastante Insignificante?
83ª Tese
Outrossim: Por que continuam as exéquias e missas de ano em sufrágio das almas dos defuntos e não se devolve o dinheiro recebido para o mesmo fim ou não se permite os doadores busquem de novo os benefícios ou pretendas oferecidos em favor dos mortos, visto' ser Injusto continuar a rezar pelos já resgatados?
84ª Tese
Ainda: Que nova piedade de Deus e dó papa é esta, que permite a um ímpio e inimigo resgatar uma alma piedosa e agradável a Deus por amor ao dinheiro e não resgatar esta mesma alma piedosa e querida de sua grande necessidade por livre amor e sem paga?
85ª Tese
Ainda: Por que os cânones de penitencia, que, de fato, faz muito caducaram e morreram pelo desuso, tornam a ser resgatados mediante dinheiro em forma de indulgência como se continuassem bem vivos e em vigor?
86ª Tese
Ainda: Por que o papa, cuja fortuna hoje é mais principesca do que a de qualquer Credo, não prefere edificar a catedral de S. Pedro de seu próprio bolso em vez de o fazer com o dinheiro de fiéis pobres?
87ª Tese
Ainda: Quê ou que parte concede o papa do dinheiro proveniente de indulgências aos que pela penitência completa assiste o direito à indulgência plenária?
88ª Tese
Afinal: Que maior bem poderia receber a Igreja, se o papa, como Já O faz, cem vezes ao dia, concedesse a cada fiel semelhante dispensa e participação da indulgência a título gratuito.
89ª Tese
Visto o papa visar mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que revoga os breves de indulgência outrora por ele concedidos, aos quais atribuía as mesmas virtudes?
90ª Tese
Refutar estes argumentos sagazes dos leigos pelo uso da força e não mediante argumentos da lógica, significa entregar a Igreja e o papa a zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos.
91ª Tese
Se a Indulgência fosse apregoada segundo o espírito e sentido do papa, aqueles receios seriam facilmente desfeitos, nem mesmo teriam surgido.
92ª Tese
Fora, pois, com todos estes profetas que dizem ao povo de Cristo: Paz! Paz! e não há Paz.
93ª Tese
Abençoados sejam, porém, todos os profetas que dizem à grei de Cristo: Cruz! Cruz! e não há cruz.
94ª Tese
Admoestem-se os cristãos a que se empenhem em seguir sua Cabeça Cristo através do padecimento, morte e inferno.
95ª Tese
E assim esperem mais entrar no Reino dos céus através de muitas tribulações do que facilitados diante de consolações infundadas.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O Que Devo Fazer Para Me Salvar?

Por quase 2.000 anos, as pessoas têm feito uma pergunta crucial: "O que devo fazer para me salvar?" (Atos 16:30). Respondendo a esta pergunta, várias respostas têm sido dadas. Os líderes e professores de religião sempre discordam em suas respostas para esta questão básica. Se nós temos alguma esperança de uma vida eterna, é essencial que encontremos a resposta de Deus.
Quase todos os estudantes da Bíblia concordam que ela fala de várias coisas que estão envolvidas com a salvação. Quando nós lemos a Bíblia, aprendemos a importância de:

- O Evangelho
- Cristo
- Fé
- Confissão
- Arrependimento
- Batismo
- Perseverança

Todas essas coisas são importantes. Mas, são necessárias todas elas? Neste ponto, existe muita discórdia entre os professores de religião. Alguns ensinam que devemos ser batizados mesmo sendo incapazes de crer e confessar. Outros dizem que devemos crer e confessar, mas que o batismo não é necessário. Alguns dizem que devemos superar nossas tentações fielmente depois que nossos pecados do passado foram perdoados, enquanto outros dizem que um Cristão não pode se perder, mesmo que a pessoa volte para o pecado. Outros ainda dizem que a mensagem do Evangelho de Cristo é somente uma das várias maneiras para se salvar. As doutrinas humanas são terrivelmente confusas.
Quando nós finalmente estivermos diante de Deus, não seremos julgados pelas recomendações de igrejas ou professores humanos. Seremos julgados pelas palavras de Jesus, as quais estão reveladas para nós no Novo Testamento (João 12:48-50). Devemos nos voltar para as páginas do Novo Testamento para descobrir se podemos omitir qualquer um dos itens acima mencionados, e ainda permanecermos salvos. Por favor, pegue sua Bíblia e leia as passagens mencionadas nas páginas seguintes. Lembre-se, a sua salvação eterna depende de encontrar a resposta de Deus para essa pergunta tão importante.

domingo, 20 de junho de 2010


  • * O livro maior é o dos Salmos, com 150 capítulos.* O livro menor é II João.* O capítulo maior é Salmos 119.* O capítulo menor é salmos 117.* O capítulo 37 de Isaías e o 19 de II Reis são iguais.* Foram usados três idiomas em sua confecção: Hebraico, grego e aramaico.* Foi escrita em aproximadamente 1600 anos, por uns 40 autores e contém 66 livros.* A Palavra SENHOR é encontrada na Bíblia 1853 vezes e REVERENDO 1 vez no Salmo 111:9.* O verso maior é Ester 8:9.* O verso menor é Êxodo 20:13.* O verso central é Salmos 118:8.* Texto áureo da Bíblia: João 3:16A tradução grega da palavra Bíblia (biblia (pl.)) significa livros. Seu tempo de composição durou aproximadamente 1600 anos, com um total de 40 autores aproximadamente. Possui 66 livros, divididos em Velho Testamento com 39 livros e Novo Testamento com 27 livros, assim classificados: Históricos - Gênesis, Êxodo, Levíticos, Números. Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias e Ester. Poéticos - Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cânticos dos Cânticos. Proféticos - (Maiores) Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel e Daniel, (Menores) Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Evangelhos - Mateus, Marcos, Lucas e João. Históricos - Atos. Cartas de Paulo - Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I e II Tessalonicenses, I e II Timóteo, Tito e Filemon. Cartas Gerais - Hebreus, Tiago, I e II Pedro, I, II e III João e Judas. Profético - Apocalipse.As divisões da Bíblia facilitam sua memorização. Não se deve pensar que somente os proféticos é que têm profecia, ou só os poéticos só têm poesia, ou os doutrinários (Epístolas) só doutrinas; da mesma forma os históricos não são apenas para relatar fatos, assim como não há muitos fatos históricos. Cada livro da Bíblia deve ser estudado convenientemente para que o seu ensino seja apreendido. Sem dúvida alguma a Bíblia é uma biblioteca extraordinária!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O VALOR DA SUA MORTE!!!!

Esse é o verdadeiro sentido do evangelho pregado por Jesus Cristo a dois mil anos atrás ,o arrependimento ,que quer dizer a mudança de atitude e mudança da maneira de pensar. Hoje são poucas os pregadores que zelam em passar a palavra de Deus com o sentido de ganhar almas para o reino do Senhor preferindo voltar seus interesses em constituir um sistema voltado em valores que a Bíblia,que é a palavra de Deus, deixa bem claro que Jesus não dava prioridade: "Mas, buscai primeiro o reino de Deus,e a sua justiça,e todas essas coisas vos serão acrescentadas"MT 6:33

A Reforma Protestante


Martinho Lutero

A Reforma Protestante foi um movimento de caráter religioso que marcou a passagem do mundo medieval para o moderno. Entre um dos fatores de grande relevância que assinalaram esse período de transformações podemos destacar o novo contexto econômico do período. No ambiente das cidades, os comerciantes burgueses eram malvistos pela Igreja. Segundo os clérigos, a prática da usura (empréstimo de dinheiro a juro) feria o sagrado controle que Deus tinha sobre o tempo. Além dos comerciantes, a própria crise econômica feudal também instigou a população a questionar os dogmas impostos pela Igreja. Os clérigos estavam muito mais próximos das questões materiais envolvendo o poder político e a posse de terras, do que preocupados com as mazelas sofridas pela população camponesa. Um dos mais claros reflexos dessa situação pôde ser notado com o relaxamento dos costumes que incitava padres, bispos e cardeais a não cumprirem seus votos religiosos. Já no século XII apareceram os primeiros movimentos que questionavam as crenças e práticas do catolicismo. Entre outras manifestações, podemos destacar o papel exercido pelos cátaros, originários da região sul da França. Naquela região as distinções culturais históricas propiciaram a ascendência de uma fé cristã à parte dos ditames da Igreja Católica. Realizando uma leitura própria do texto, os cátaros tinham valores morais bastante rígidos que se contrastava com o comportamento dos líderes clericais. No século posterior, vendo a grande presença do movimento religioso, o papa Inocêncio III ordenou a realização de uma cruzada que – entre 1209 e 1229 – aniquilou o movimento cátaro. Além disso, as acusações de feitiçaria eram bastante corriqueiras entre indivíduos considerados suspeitos ou infiéis. Já na Idade Média, a Igreja criou o Tribunal da Santa Inquisição que percorria diversas regiões da Europa, reprimindo aqueles que ameaçassem seu poderio religioso e ideológico. Outros intelectuais, nos séculos XIV e XV, também indicavam como os valores absolutos da Igreja já não tinham a mesma força mediante as transformações históricas experimentadas. O inglês John Wycliffe (1330 – 138) redigiu alguns ensaios onde denunciava as ações corruptas da Igreja e defendia a salvação espiritual por meio da fé. Em certa medida, as teorias lançadas por esse pensador viriam a influenciar as obras de Martinho Lutero, no século XVI. Jan Huss (1370 – 1415) foi um padre que se preocupou em traduzir o texto bíblico em outras línguas e denunciou o comportamento dos clérigos católicos. A pregação por ele empreendida, ao longo da Boêmia, motivou a violenta reação das autoridades do Sacro-Império Germânico que ordenaram sua morte pela fogueira. A morte de Huss deu origem a um movimento popular conhecido como hussismo. A grande maioria de seus integrantes eram camponeses pobres insatisfeitos com sua condição de vida. O movimento renascentista também deu passos importantes no questionamento do papel exercido pela Igreja Católica. A teoria empirista de Francis Bacon; o heliocentrismo defendido por Nicolau Copérnico; e a física newtoniana descentralizou o monopólio intelectual da Igreja. O conhecimento gerado por esses e outros indivíduos lançava a idéia de que o homem não necessitava da chancela de uma instituição que o concedesse o direito de conhecer a Deus ou o mundo. Dessa maneira, se formou todo um histórico de tentativas e fatos que antecederam a consolidação do movimento reformista. Mesmo sofrendo diferentes ofensivas ao longo do tempo, a Igreja ainda conservou um conjunto de práticas que complicavam a estabilidade do poder clerical. A venda de indulgências, a negociação de cargos eclesiásticos e a vida amoral ainda foram questões que incentivaram o aparecimento das novas religiões protestantes.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

                                 O que é janela 10 X 40 ?
É a região onde habita 66% da população mundial, e ocupa 33% da área total do planeta, compreendendo 62 países. Os dois maiores países do mundo, em número de habitantes, encontram-se nessa área: China e Índia. Os dois juntos representam cerca de 33% da população da terra.

Esta região estende-se desde o oeste da África até ao leste da Ásia, e é comparada a uma janela retangular, estando entre 10 e 40 graus ao norte do Equador. Todas as terras bíblicas encontram-se nessa janela. O apóstolo Paulo ultrapassou esses limites nas suas viagens missionárias (Rm 15:19).

É a área do mundo onde vive o maior número de povos não alcançados, predominando os seguidores do Islamismo, do Hinduísmo e do Budismo. O Islamismo está atingindo 1 bilhão de adeptos, o Hinduísmo, mais de 700 milhões.

A Janela 10 X 40 é conhecida com o Cinturão de Resistência; nela encontram-se as fortalezas de Satanás, pois 37 dos 50 países menos alcançados do mundo localizam-se nessa região.

Nessa área, estão 82% dos mais pobres do planeta. Bilhões de pessoas que são vítimas das enfermidades, misérias e calamidades.

      JANELA 10 X 40 alcançando o centro do mundo
É no centro do nosso mundo que vive um expressivo número de povos não alcançados, num espaço comparado a uma janela retangular, identificado como “Janela 10/40”.

Antes era conhecido como “Cinturão de Resistência”. Essa janela se estende desde o oeste da África até o leste da Ásia, sendo 10 a 40 graus ao norte do Equador.

Essa região especifica começa a ser conhecida como “Janela 10/40”. É um ajuntamento do mundo muçulmano, hindu e budista, onde vivem bilhões de almas empobrecidas no seu espírito.

Ao nos aproximarmos ao final dos tempos, é imperativo que nossos recursos estejam focalizados sobre os povos que habitam a “Janela 10/40”. Se nós estamos seriamente comprometidos em prover uma oportunidade efetiva para que cada pessoa tenha uma experiência com a verdade do Salvador Jesus, não podemos ignorar as constrangedoras realidades de sta região.

A “Janela 10/40” nos confronta a importantes considerações:

1) O significado histórico e bíblico.

2) Os países menos evangelizados.

3) O domínio de três blocos religiosos.

4) A predominância da pobreza.

5) Os grupos étnicos-lingüisticos não alcançados.

6) As cidades (megalópolis) menos evangelizadas.

7) As fortalezas de Satanás estão concentradas na “Janela 10/40”.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Fariseus, quem são?

Nome de uma das três principais seitas judaicas, juntamente com os saduceus e os essênios. Era a seita mais segura da religião judaíca, At 26. 5. Com certeza, a seita dos fariseus foi criada no período anterior à guerra dos macabeus com o fim de oferecer resistência ao espírito helênico que se havia manifestado entre os judeus tendente a adotar os costumes da Grécia. Todo quantos aborreciam a prática desses costumes pagãos, já tão espalhados entre o povo, foram levados a criar forte reação para observar estritamente as leis de Moisés. A feroz perseguição de Antíoco Epifanes contra eles, 175-164 AC levou-os a se organizarem em partido. Antíoco queria que os judeus abandonassem a sua religião em troca da fé idólatra da Grécia, tentou destruir as Santas Escrituras, e mandou castigar com a morte a quantos fossem encontrados com o livro da lei. Os hasideanos que eram homens valentes de Israel, juntamente com todos que se consagravam voluntariamente à defesa da lei, entraram na revolta dos macabeus como um partido distinto. Parece que este partido era o mesmo dos fariseus. Quando terminou a guerra em defesa de sua liberdade religiosa, passaram a disputar a supremacia política; foi então que os hasidianos se retraíram. Não se fala deles durante o tempo em que Jônatas e Simão dirigiam os negócios públicos dos judeus, 160-135 AC.
Os fariseus aparecem com este nome nos dias de João Hircano, 135-105. Este João Hircano pertencia à seita dos fariseus, da qual se separou para se tornar adepto das doutrinas dos saduceus. Seu filho e sucessor Alexandre Janeu, tentou exterminá-los à espada. Porém, sua esposa Alexandra que o sucedeu no governo no ano 78, reconhecendo que a força física era impotente para combater as convicções religiosas, favoreceu a seita dos fariseus. Daí por diante, a sua influência dominava a vida religiosa do povo judeu. Os fariseus sustentavam a doutrina da predestinação que consideravam em harmonia com o livre arbítrio. Criam na imortalidade da alma, na ressurreição do corpo e na existência do espírito; criam nas recompensas e castigos na vida futura, de acordo com o modo de viver neste mundo; que as almas dos ímpios eram lançadas em prisão eterna, enquanto que as dos justos, revivendo iam habitar em outros corpos, At 23. 8.
Por estas doutrinas se distinguiam eles dos saduceus, mas não constituíam a essência do farisaísmo, que é o resultado final e necessário daquela concepção religiosa, que faz consistir a religião em viver de conformidade com a lei, prometendo a graça divina somente àqueles que fazem o que a lei manda. Deste modo, a religião consistia na prática de atos externos, em prejuízo das disposições do coração. A interpretação da lei e a sua aplicação aos pormenores da vida ordinária, veio a ser um trabalho de graves conseqüências; os doutores cresciam em importância para explicar a lei, e suas decisões eram irrevogáveis. Josefo, que também era fariseu, diz que eles, não somente aceitavam a lei de Moisés, interpretando-a com muita perícia, como também haviam ensinado ao povo mais práticas de seus antecessores, que não estavam escritas na lei de Moisés, e que eram as interpretações tradicionais dos antigos, que nosso Senhor considerou de importância secundária, Mt 15. 2, 3, 6
A principio, quando era muito arriscado pertencer à seita dos fariseus; eram eles pessoas de grande valor religioso e constituíam a parte melhor da nação judaica. Subseqüentemente, tornou-se uma crença hereditária, professada por homens de caráter muito inferior que a ela se filiavam. Com o correr do tempo, os elementos essencialmente viciosos desta seita, desenvolveram-se a tal ponto de fazerem dos fariseus objeto de geral reprovação. João Batista, dirigindo-se a eles e aos saduceus, chamou-os de raça de víboras. É muito conhecida a linguagem de Jesus, pela qual denunciou severamente estas seitas pela sua hipocrisia e orgulho, pelo modo por que desprezavam as coisas essenciais da lei para darem atenção a minúcias das práticas externas, Mt 5.20; 16.6,11,12; 23.1-39. Formavam uma corporação de intrigantes. Tomaram parte saliente na conspiração contra a vida de Jesus, Mc 3.6; Jo 11.47-57. Apesar disso, contavam-se em seu meio, homens de alto valor, sinceros e retos, como foi Paulo, quando a ela pertencia e de que se orgulhava, em defesa de sua pessoa, At 23.6; 26.5-7; Fp 3.5. Seu mestre Gamaliel também pertencia à mesma seita.
Fonte: Dic. Da Bíblia John Davis


terça-feira, 15 de junho de 2010

LEIS CONTRA O EVANGELHO !!!!
“Pois eu não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.” - Romanos 1:16
LEIS QUE TRAMITAM EM BRASÍLIA CONTRÁRIAS À IGREJA PRINCIPALMENTE EVANGÉLICAS. NOSSOS DEPUTADOS NA CAMARA FEDERAL ESTÃO LUTANDO CONTRA.

POR FAVOR LEIAM, OREM, INTERCEDAM E REPASSEM PARA TODOS SEUS AMIGOS!!!
'Mas olhai por vós mesmos, porque vos entregarão aos concílios e às sinagogas; e sereis açoitados, e sereis apresentados perante presidentes e reis, por amor de mim, para lhes servir de testemunho.
E sereis odiados por todos por amor do meu nome; mas quem perseverar até ao fim, esse será salvo.'
- Marcos 13:9 e 13
A Bíblia diz que no fim dos tempos os filhos de Deus serão perseguidos e odiados. Veja aqui abaixo algumas leis brasileiras, que, SE APROVADAS, impedirão a nossa ação à favor do Evangelho no Brasil:
· Será proibido fazer cultos ou evangelismo na rua (Reforma Constitucional)
· Cultos somente com portas fechadas (Reforma Constitucional)
· As igrejas serão obrigadas a pagarem impostos sobre dízimos, ofertas e contribuições.
· Programas evangélicos na televisão apenas uma hora por dia.
· Pastor só poderá fazer programa de televisão, se tiver faculdade de 'jornalismo'.
· Será considerado crime pregar sobre espiritismo, feitiçaria e idolatria, e também veicular mensagem no rádio, televisão, jornais e internet, sobre essas práticas contrárias a Palavra de Deus.
· Pastores que pregarem sobre dízimos e ofertas, dependendo do número de reclamações, serão presos.
· Pastores que forem presos por pregar sobre práticas condenadas pela Bíblia Sagrada (homossexualismo, idolatria e espiritismo), não terão direito a se defender por meio de ação judicial.
· Igrejas que não realizarem casamento de homem com homem e mulher com mulher, estarão fazendo 'discriminação', poderão ser multadas e os pastores processados.
· Querem que o dia do 'Orgulho Gay' seja oficializado em todas as cidades brasileiras..
Reforma Constitucional – Mudanças no texto da Constituição que garantem a liberdade de culto. Se aprovadas, fica proibido culto fora das igrejas (evangelismo de rua), cultos religiosos só com portas fechadas.
Projeto nº 4.720/03 – Altera a legislação do 'imposto de renda' das pessoas jurídicas.
Projeto nº 3.331/04 – Altera o artigo 12 da Lei nº 9.250/95, que trata da legislação do imposto de renda das 'pessoas físicas'
Se convertidos em Lei, os dois projetos obrigariam as igrejas a recolherem impostos sobre dízimos, ofertas e contribuições.
Projeto nº 299/99 – Altera o código brasileiro de telecomunicações (Lei 4.117/62).
Se aprovado, reduziria programas evangélicos no rádio e televisão a apenas uma hora.
Projeto nº6.398/05 – Regulamenta a profissão de Jornalista
Contém artigos que estabelecem que só poderá fazer programas de rádio e televisão, pessoas com formação em JORNALISMO, Significa que pastores sem a formação em jornalismo não poderão fazer programas através desses meios.
Projeto nº 1.154/03 – Proíbe veiculação de programas em que o teor seja considerado preconceito religioso.
Se aprovado, será considerado crime pregar sobre idolatria, feitiçaria e rituais satânicos. Será proibido que mensagens sobre essas práticas sejam veiculadas no rádio, televisão, jornais e internet. A verdade sobre esse atos contrários a Palavra de Deus, não poderá mais ser mostrada.
Projeto nº 952/03 – Estabelece que é crime atos religiosos que possam ser considerados abusivos a boa-fé das pessoas.
Convertido em Lei, pelo número de reclamações, pastores serão considerados 'criminosos' por pregarem sobre dízimos e ofertas.
Projeto nº 4.270/04[/b] – Determina que comentários feitos contra ações praticadas por grupos religiosos possam ser passíveis de ação civil.
Se convertido em Lei, as Igrejas Evangélicas ficariam proibidas de pregar sobre práticas condenadas pela Bíblia Sagrada, como espiritismo, feitiçaria, idolatria e outras. Se o fizerem, não terão direito a se defender por meio de ação judicial.
Projeto de nº 216/04[/b] – Torna inelegível a função religiosa com a governamental.
Significa que todo pastor ou líder religioso lançado a candidaturas para qualquer cargo político, não poderá de forma alguma exercer trabalhos na igreja.
Existem outros projetos em andamento que ferem princípios bíblicos, entre eles:
Casamento de homens com homens e mulheres com mulheres.
Estabelecer um dia oficial do 'Orgulho Gay' em todas as cidades brasileiras, entre outros.
Divulguem isto para seus irmãos em Cristo!!! Passe para pastores das igrejas que vocês conhecem, para que todos estejam cientes, para não colocarmos ímpios no poder, e perder nosso direitos como pregadores da verdadeira Palavra de Deus!
VOCÊ SABE O QUE É TEÍSMO ABERTO

Trata-se de um novo conceito de Deus que vem causando polêmica e acirrado debate teológico acerca dos atributos divinos como Onisciência, Onipotência, Onipresença e Soberania. Tendo origem na Teologia do Processo na década de 30, seus primeiros defensores foram Charles Hartshorne, Alfred North Whitehead e John Jacob. Contudo a expressão teísmo aberto foi usada pela primeira vez por Richard Rice, escritor adventista, em seu livro “A Abertura de Deus: A Relação entre a Presciência Divina e o Livre-arbítrio”. Apesar de Jonh MacArthur fazer referência a Robert Brow, a maioria concorda que quem cunhou o termo Teísmo Aberto foi Clark Pinnock em sua obra: “Deus limita Seu Conhecimento” em 1986. Ao lado de Pinnock, Jonh Sanders também teria sido um divulgador dessa doutrina.
Ensina a doutrina em questão que Deus é Todo-Poderoso e conhece todas as coisas, mas não conhece as coisas que ainda não aconteceram. Pelo fato de não terem acontecido (ainda) elas não estariam na presença de Deus. Ou seja, Deus não sabe ainda, pois devido ao livre-arbítrio que concedeu ao homem, não sabe que decisão o homem vai tomar. Assim, Deus conhece o futuro, mas não todo. Deus está no controle, mas não interfere na vontade do homem. Isso, afirmam eles, faz com que Ele seja Soberano, pois mesmo não sabendo o que os homens irão fazer, tem o controle em Suas mãos. Desse modo, Deus abriria mão de conhecer o futuro devido à liberdade de escolha que deu ao ser humano, logo, Deus se esvaziaria de sua soberania, diminuiria em onisciência, onipotência e onipresença. Richard Rice, citado por Pinnock, teria escrito que Deus tem certa noção do que alguém vai fazer na sexta-feira próxima, mas não tem a exata certeza, porque a pessoa ainda não fez. Tem um exemplo intrigante da pizza: Deus sabe que domingo depois do culto, você vai comer uma pizza com sua família, mas não sabe o sabor, porque você e sua família só vão decidir (o sabor) no domingo após o culto.
Outro problema do Teísmo Aberto é a visão que têm de que Deus não intervém na História, posto que a história se descarrilhou, como um trem que saiu dos trilhos, e que tudo que está aí não tem o aval de Deus, sendo as decisões humanas ou os homens os únicos responsáveis.
No Brasil os maiores defensores da chamada abertura do teísmo são, Ricardo Gondim Rodrigues, pastor da Assembléia de Deus Betesda, Ed René Kivitz, pastor da Igreja Batista e o escritor Paulo Brabo. Embora em seus escritos afirmem que Deus seja Onisciente, Onipotente, Onipresente e Soberano, e não confessem serem defensores da abertura do teísmo, preferindo seguir os caminhos da Teologia Relacional, seus escritos os denunciam como doutrinadores da heresia em questão.
A Doutrina Ortodoxa ensina que: 1) Deus é Onisciente: conhece todas as coisas: passado, presente e futuro (quanto ao homem, Davi diz no Salmo 139 que Deus escrevia seus dias um a um antes mesmo de existirem e “antes que a palavra saísse à boca”, Deus já a conhecia toda); 2) Deus é Onipotente: tem poder para fazer todas as coisas; 3) Deus é Onipresente: está presente em todos os lugares; e 4) Deus é Soberano: faz tudo o que Lhe apraz.
E você o que acha do Teísmo Aberto? É Doutrina Bíblica ou Heresia Moderna?
Fonte: FAESP – Faculdade Evangélica de São Paulo
(Resumo Extraído da Apostila Elaborada por Pastor Guedes).
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